Apendicite aguda em pediatria [recurso eletrônico] : estudo clínico-epidemiológico e avaliação de marcadores laboratoriais de risco para gravidade
Naomi Andreia Takesaki
DISSERTAÇÃO
Português
T/UNICAMP T139a
[Acute appendicitis in childhood]
Campinas, SP : [s.n.], 2018.
1 recurso online (66 p.) : il., digital, arquivo PDF.
Orientador: Ricardo Mendes Pereira
Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas
Resumo: A apendicite aguda é uma das emergências cirúrgicas mais comuns na infância. Apresentações atípicas levam ao atraso diagnóstico, com alto índice de complicações. A utilização de novos biomarcadores como o fibrinogênio (FB) e bilirrubina (BI) têm sido estudados na tentativa de avaliar...
Ver mais
Resumo: A apendicite aguda é uma das emergências cirúrgicas mais comuns na infância. Apresentações atípicas levam ao atraso diagnóstico, com alto índice de complicações. A utilização de novos biomarcadores como o fibrinogênio (FB) e bilirrubina (BI) têm sido estudados na tentativa de avaliar pacientes com perfuração. O objetivo do estudo foi descrever as características clínico-epidemiológicas de crianças com suspeita de apendicite aguda, e avaliar o uso de marcadores laboratoriais em relação à gravidade da apendicite. Métodos: Estudo prospectivo observacional com pacientes pediátricos admitidos em dois hospitais universitários com suspeita clínica de apendicite, no período de junho de 2015 a dezembro de 2016. Os exames laboratoriais avaliados foram hemograma (HMG), proteína C-reativa (PCR), FB e BI. Os grupos foram divididos para análise conforme dados cirúrgicos e resultados anatomopatológicos. Resultados: Cinquenta pacientes confirmaram o diagnóstico de apendicite aguda, 64% meninos com mediana de 9±2,6 anos. Náusea ou vômitos (80%) e inapetência (68%) foram os sintomas mais frequentes. A taxa de apendicite complicada foi 44%, sem diferença de idade entre os grupos. Febre e náusea ou vômitos apresentaram associação com apendicite complicada (p<0,05), assim como a presença de irritação peritoneal (p<0,01). Valores elevados de leucócitos totais, PCR e FB apresentaram associação com apendicite complicada. À análise univariada foram considerados fatores de risco para apendicite perfurada FB (OR 1.018; IC 1.007-1.029; p=0.0009), PCR (OR 1.020; IC 1.008 - 1.032; 0.0008) e leucocitose (OR 1.150; IC 1.008-1.313; p=0.0380). Avaliação da curva ROC mostra FB AUC 0.87, PCR AUC 0.86, leucócitos AUC 0.68. Foram determinados os seguintes pontos de corte: FB 457 mg/dL, PCR 85mg/dL e leucócitos superior à 17.800 cels/mm3 para identificação da apendicite complicada. Conclusão: Manifestações atípicas são frequentes na apendicite em crianças, e os sintomas clássicos podem estar ausentes em grande parte dos pacientes. Neste trabalho foi verificado que a elevação conjunta de FB e PCR aumenta a chance para apendicite complicada, e tais marcadores apresentam acurácia elevada em relação ao uso do hemograma e BI. São necessários mais estudos para a validação de novos marcadores laboratoriais que auxiliem no diagnóstico da apendicite complicada na infância
Ver menos
Abstract: Acute appendicitis is one of the most common surgical emergencies in childhood. Atypical presentations lead to delayed diagnosis, with a high rate of complications. The use of new biomarkers such as fibrinogen (FB) and bilirubin (BI) have been studied in an attempt to evaluate patients...
Ver mais
Abstract: Acute appendicitis is one of the most common surgical emergencies in childhood. Atypical presentations lead to delayed diagnosis, with a high rate of complications. The use of new biomarkers such as fibrinogen (FB) and bilirubin (BI) have been studied in an attempt to evaluate patients with perforation. The aim of this study is to describe the clinical-epidemiological characteristics of children with clinical suspicion of acute appendicitis and to evaluate the use of laboratory markers in relation to the severity of appendicitis. Methods: Observational prospective study with pediatric patients admitted to two university hospitals with clinical suspicion of appendicitis from June 2015 to December 2016. The laboratory tests were hemogram (HMG), C-reactive protein (CPR), FB and BI. The groups were divided for analysis according to surgical data and anatomopathological results. Results: Fifty patients confirmed the diagnosis of acute appendicitis, 64% boys with a median of 9 +/- 2.6 years. Nausea or vomiting (80%) and inappetence (68%) were the most frequent symptoms. The rate of complicated appendicitis was 44%, with no difference in age between groups. Fever and nausea or vomiting were associated with complicated appendicitis (p <0.05), as well as the presence of peritoneal irritation (p <0.01). High values of total leukocytes, CRP and FB were associated with complicated appendicitis. The univariate analysis was considered as risk factors for perforated appendicitis FB (OR 1.018; CI 1.007-1.029; p = 0.0009), PCR (OR 1,020; CI 1.008 - 1.032; 0.0008); and leukocytosis (OR 1.150; CI 1.008-1.313; p = 0.0380). Evaluation of the ROC curve shows FB AUC 0.87, AUC 0.86 PCR, AUC 0.68 leukogram. It was established as a cutoff point for FB 457 mg / dL, 85mg / dL PCR and leukocytes higher than 17,800 cels / mm3 for identification of complicated appendicitis. Conclusion: Atypical manifestations are frequent in appendicitis in children, and classic symptoms may be absent in a large percentage of patients. In this work, it was verified that the joint elevation of FB and CRP increased the chance for complicated appendicitis, and these markers presented high accuracy in relation to the use of the hemogram and BI. Further studies are needed to validate new laboratory markers that aid in the diagnosis of complicated appendicitis in childhood
Ver menos
Requisitos do sistema: Software para leitura de arquivo em PDF
Apendicite aguda em pediatria [recurso eletrônico] : estudo clínico-epidemiológico e avaliação de marcadores laboratoriais de risco para gravidade
Naomi Andreia Takesaki
Apendicite aguda em pediatria [recurso eletrônico] : estudo clínico-epidemiológico e avaliação de marcadores laboratoriais de risco para gravidade
Naomi Andreia Takesaki