(Des)encontros em um lugar qualquer [recurso eletrônico]
Pamela Zacharias
TESE
T/UNICAMP Z118d
[(Dis)encounters in any given place]
Campinas, SP : [s.n.], 2017.
1 recurso online (132 p.) : il., digital, arquivo PDF.
Orientador: Antonio Carlos Rodrigues de Amorim
Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Educação
Resumo: A presente tese tem como objetivo pensar a obra da cineasta Sofia Coppola a partir dos conceitos sobre cinema desenvolvidos pelo filósofo Gilles Deleuze. As personagens do cinema de Sofia Coppola, em especial as de Encontros e desencontros, Maria Antonieta, e Um lugar qualquer, três filmes...
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Resumo: A presente tese tem como objetivo pensar a obra da cineasta Sofia Coppola a partir dos conceitos sobre cinema desenvolvidos pelo filósofo Gilles Deleuze. As personagens do cinema de Sofia Coppola, em especial as de Encontros e desencontros, Maria Antonieta, e Um lugar qualquer, três filmes analisados nessa tese, possuem similaridades com a personagem-vidente, da qual Deleuze trata ao falar da imagem-tempo, à medida em que rompem com o encadeamento sensório-motor. As personagens desses três longas representam um modelo de sucesso, beleza e consumo na sociedade na qual estão inseridas. No entanto, elas não parecem estar satisfeitas com sua posição, pelo contrário, vivem melancólicas e deslocadas em suas vidas, como se não quisessem preencher o papel ao qual foram designadas. Dessa maneira, o cinema de Sofia Coppola apresenta um questionamento dos modelos propagados por um cinema que reproduz padrões e clichês, corroborando para manutenção de círculos fechados que aprisionam. Suas personagens, ao não se adequarem a esses círculos nem aos esquemas sensório-motores que os mantêm, são atravessadas por encontros intensivos que dão a ver virtualidades, fazendo emergir uma nova imagem que cristaliza sensações. Percorre-se essas sensações no cinema de Sofia Coppola, buscando-se destacar os perceptos e afectos que se cristalizam no intervalo, na quebra do sensório-motor. Quebra promovida por suas personagens, tanto desconectando-se da narrativa orgânica, por meio da perambulação e falta de reação, quanto conectando-se ao todo vital através dos encontros intensivos que vivenciam. Para isso, faz-se uma retomada de alguns pensamentos de Gilles Deleuze sobre cinema e de Henri Bergson, que demonstram como a humanidade cria sociedades fechadas, presas em círculos representacionais, obrigações e hierarquias e como esses círculos mantêm-se através de esquemas sensório-motores. São esses mesmos esquemas que se materializam nas fórmulas do cinema hollywoodiano e funcionam como grandes produtores de clichês. A partir da fabulação de suas personagens é que o cinema, como identifica-se na obra de Sofia Coppola, pode levar à criação e desempenhar um papel político, conforme afirmava Gilles Deleuze, que ajuda a romper com os padrões opressores e dá a ver um povo-por-vir
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Abstract: The present thesis aims to think of the work of filmmaker Sofia Coppola from the concepts of cinema developed by the philosopher Gilles Deleuze. The characters of the cinema of Sofia Coppola, especially those of Lost in translation, Marie Antoinette, and Somewhere, three films analyzed in...
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Abstract: The present thesis aims to think of the work of filmmaker Sofia Coppola from the concepts of cinema developed by the philosopher Gilles Deleuze. The characters of the cinema of Sofia Coppola, especially those of Lost in translation, Marie Antoinette, and Somewhere, three films analyzed in this thesis, have similarities with the character visionary, of which Deleuze treats when speaking of the image-time, as they break with the sensory-motor chain. The characters of these three films represent a model of success, beauty and consumption in the society in which they are inserted. However, they do not seem to be satisfied with their position, since they live melancholic and displaced in their lives, as if they did not want to fill the role to which they were assigned. In this way, the cinema of Sofia Coppola presents a questioning of the models propagated by a cinema that reproduces patterns and clichés, corroborating for the maintenance of closed circles that imprison. Their characters, by not conforming to these circles nor to the sensory-motor schemes that keep them, are crossed by intensive encounters that open to virtualities, giving rise to a new image that crystallizes sensations. These sensations are traced in Sofia Coppola's cinema, seeking to highlight the percepts and affects that crystallize in the interval, in the breakdown of the sensory-motor, that their characters promote, both disconnecting from the organic narrative, by means of perambulation and lack of reaction, and connecting to the vital whole through the intensive encounters they experience. For this, a return to some of Gilles Deleuze's thoughts on cinema and Henri Bergson, showing how humanity creates closed societies, stucked in representational circles, bonds and hierarchies and how these circles remain through sensory-motor schemes. It is these same schemes that materialize in the formulas of Hollywood¿s cinema and function as major producers of clichés. From the fabulation of her characters is that the cinema, as can be identified in the work of Sofia Coppola, can lead to the creation and play a political role, as stated by Gilles Deleuze, who helps to break with the oppressive patterns and builds people to come
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Requisitos do sistema: Software para leitura de arquivo em PDF
Amorim, Antonio Carlos Rodrigues de, 1968-
Orientador
Marcello, Fabiana de Amorim
Avaliador
Ferreira, Júlia Scamparini
Avaliador
Marques, Davina
Avaliador
(Des)encontros em um lugar qualquer [recurso eletrônico]
Pamela Zacharias
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Pamela Zacharias