Resumo: A alta dependência do uso do transporte individual bem como a ausência de planejamento da mobilidade tem se mostrado insustentável para o meio urbano e já atinge a escala metropolitana. Desta forma, é importante buscar ferramentas que auxiliem a mitigação de externalidades e promovam uma mobilidade mais sustentável. Com base nos dados da Pesquisa Origem Destino (OD) realizada em 2011 pela Secretaria de Transportes Metropolitanos (STM) na Região Metropolitana de Campinas-SP, o presente estudo propõe, por meio da aplicação de técnicas de Análise Exploratória de Dados Espaciais (AEDE) e modelagem econométrica espacial, demonstrar a relação entre o número de viagens em mocos coletivos, variável dependente, e indicadores de mobilidade sustentável nas 128 Zonas de Tráfego da Região Metropolitana de Campinas (RMC). A AEDE identificou dois padrões de distribuição das viagens realizadas por modos coletivos nas zonas de tráfego da região. O padrão alto-alto caracteriza as zonas que apresentaram maior uso do transporte coletivo e se localizavam à sudoeste do município de Campinas próximas aos municípios de Hortolândia, Sumaré e Monte Mor. Já as zonas com menor uso do modal, caracterizadas pelo padrão baixo-baixo, se localizavam nas extremidades da região, nos municípios de Artur Nogueira, Santa Bárbara D’Oeste, Americana, Nova Odessa e Indaiatuba. Comprovando a ausência de políticas públicas de incentivo ao uso dos transportes coletivos na maioria do território. O modelo de regressão espacial identificou que a Densidade Demográfica foi o indicador que apresentou maior significância e os indicadores Renda Média Mensal e Idade Média da Frota não apresentaram significância, ou seja, não foram fatores que influenciam no Número de Viagens realizadas por Modos Coletivos. Confirmando que o maior uso dos modos coletivos ocorre apenas em áreas mais densas e a existe alta dependência dos modos individuais motorizados nos deslocamentos realizados pela população de toda RMC Ver menos

Abstract: The high dependence on the use of individual transport, as well as the lack of mobility planning, has proved to be unsustainable for the urban environment and has already reached the metropolitan scale. Therefore, it is important to seek tools that help mitigate externalities and promote more sustainable mobility. Based on data from the Origin Destination Survey (OD) carried out in 2011 by the Secretariat of Metropolitan Transport (STM) in the Metropolitan Region of Campinas-SP, this study proposes, through the application of Exploratory Spatial Data Analysis (AEDE) techniques and spatial econometric modeling, to demonstrate the relationship between the number of trips in collective mocos, dependent variable, and indicators of sustainable mobility in the 128 Traffic Zones of the Metropolitan Region of Campinas (RMC). AEDE identified two patterns of distribution of trips made by collective modes in the region's traffic zones. The high-high pattern characterizes the zones that showed greater use of public transport and were located southwest of the municipality of Campinas, close to the municipalities of Hortolândia, Sumaré and Monte Mor. The zones with less use of the modal, characterized by the low-low pattern, were located at the ends of the region, in the municipalities of Artur Nogueira, Santa Bárbara D’Oeste, Americana, Nova Odessa and Indaiatuba. Proving the absence of public policies to encourage the use of public transport in most of the territory. The spatial regression model identified that Demographic Density was the most significant indicator and the Average Monthly Income and Average Fleet Age indicators were not significant, that is, they were not factors that influence the Number of Trips made by Collective Modes. Confirming that the greater use of collective modes occurs only in denser areas and that there is a high dependence on individual motorized modes in the displacements made by the population of the entire RMC Ver menos