Tratamento cirúrgico da estenose traqueal e laringotraqueal pós intubação [recurso eletrônico]
Luciahelena Morello Prata Trevisan
DISSERTAÇÃO
Português
T/UNICAMP P887t
[Surgical treatment of post intubation tracheal and laringotracheal stenosis]
Campinas, SP : [s.n.], 2022.
1 recurso online (57 p.) : il., digital, arquivo PDF.
Orientador: Ricardo Kalaf Mussi
Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas
Resumo: Objetivo: Reportar os resultados do tratamento cirúrgico da estenose pós intubação traqueal e laringotraqueal.Avaliar as complicações e identificar possíveis fatores prognósticos. Método: Estudo retrospectivo, de junho de 1990 à junho de 2019, de todos os pacientes submetidos ao tratamento...
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Resumo: Objetivo: Reportar os resultados do tratamento cirúrgico da estenose pós intubação traqueal e laringotraqueal.Avaliar as complicações e identificar possíveis fatores prognósticos. Método: Estudo retrospectivo, de junho de 1990 à junho de 2019, de todos os pacientes submetidos ao tratamento cirúrgico da estenose traqueal e laringotraqueal. Informações sobre aspectos demográficos, comorbidades, aspectos da estenose, procedimentos prévios a cirurgia, tipo de cirurgia, técnica de sutura, fio de sutura, complicações, número de procedimentos adicionais foram coletados. Resultados: Cento e vinte e cinco pacientes (83,2 % sexo masc.) foram operados, com idade mediana de 26 anos (variando 12 – 71), a maioria sem comorbidades (75,2%), quarenta e dois (33,6%) dependentes de traqueostomia e os demais sintomáticos com intolerância significativa ao exercício. O procedimento na via aérea, prévio a cirurgia, mais frequentemente realizado foi a dilatação (73/58,4%), deste grupo em 25 foi a necessária a realização de traqueostomia. A órtese de Montgomery foi utilizada em 7 casos antes do procedimento cirúrgico. Noventa e um (72,8%) pacientes eram portadores de estenose traqueal e foram submetidos a traqueoplastia, e trinta e quatro (27,2%) portadores de estenose laringotraqueal, foram submetidos a resseção cricotraqueal parcial (10/8%), resseção cricotraqueal parcial extendida (16/12,5%) e laringotraqueoplastia com enxerto de cartilagem costal (8/6,4%).A estenose grau 3 foi a mais incidente ocorrendo em 90 pacientes (72,0%). A extensão do comprometimento variou de 1 à 6 cm, com mediana 3,5 cm. Complicações ocorreram em 34 pacientes (27,2%),as mais incidentes as relacionadas a anastomose. Um segundo procedimento foi necessário em 23 casos (18,4%). Considerando todos os pacientes tratados, cinco apresentaram falha ao tratamento mesmo após segunda abordagem, dois pacientes foram a óbito no período pós operatório imediato. Avaliamos como possíveis fatores prognósticos: fios de sutura, tipo de sutura, procedimentos prévios a cirurgia, antecedente de traqueostomia, local da estenose, grau de acometimento e extensão de ressecção. Taxa de sucesso foi de 82,91% após um único procedimento e a taxa total foi de 94%. Conclusões: A cirurgia para o tratamento da estenose pós intubação é segura, com elevada taxa de sucesso e deveria ser o procedimento de escolha. A estenose laringotraqueal apresenta maior taxa de complicação que a traqueal, e pior taxa de sucesso . Observamos que o tipo de sutura, o fio de sutura, o procedimento prévio na via aérea e extensão ressecada não causam impacto na incidência de complicações e na taxa de sucesso
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Abstract: Objectives: Evaluate success rates for surgical treatment of tracheal and laryngotracheal post intubation stenosis. Examine complications rates and identify prognostic factors. Methods: Retrospective study, from June 1990 to June 2019, of all patients submitted to surgical treatment for...
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Abstract: Objectives: Evaluate success rates for surgical treatment of tracheal and laryngotracheal post intubation stenosis. Examine complications rates and identify prognostic factors. Methods: Retrospective study, from June 1990 to June 2019, of all patients submitted to surgical treatment for tracheal and laryngotracheal stenosis. Information about comorbidities, stenosis aspects, previous airway procedures, type of surgery, technical of suture, suture thread, complications, number of adjuvant procedures required postoperatively were collected. Results: A hundred twenty-five patients (83,2% male) underwent surgical treatment, with median age of 26 years (range 12 – 71), no comorbidities (75,2%), thirty-three percent were tracheostomy dependent and the remainder had severe exercise intolerance. Ninety-one (72,8%) patients underwent tracheoplasty of tracheal stenosis, thirty-four (27,2%) had laryngotracheal stenosis and were submitted to partial cricotracheal resection (10/8%), extended partial cricotracheal resection (16/12,5%) and laringotraqueoplasty with a costal graft (8/6,4%).The grade 3 stenosis was the most frequent, in 90 patients (72,0%). The extention of the disease varied between 1 à 6 cm, with median of 3,5 cm. Complications occurred in 34 patients (27,2%), most frequently anastomotic (restenosis, dehiscence, granulation tissue). A second procedures was required in twenty-three (18,4%) and 5 were considered untreatable (4,0%), two (1,6) patients died in perioperative period. Success rate was of 82,91% after one single procedure and total rate was of 94%. Conclusions: Surgery for post intubation stenosis is safe, high rate of success and should be the first choice of treatment. The laryngothacheal stenosis had a rate of complication greater them tracheal stenosis and had a poor result also . We observed that type of suture, suture thread, previous airway procedure and extension of resection had no impact in complications and results rates
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Tratamento cirúrgico da estenose traqueal e laringotraqueal pós intubação [recurso eletrônico]
Luciahelena Morello Prata Trevisan
Tratamento cirúrgico da estenose traqueal e laringotraqueal pós intubação [recurso eletrônico]
Luciahelena Morello Prata Trevisan