Capacidade para o trabalho, violência e intenções de abandono entre trabalhadores de enfermagem [recurso eletrônico]
Maiara Bordignon
TESE
Português
T/UNICAMP B644c
[Work ability, violence and intentions to leave among nursing workers]
Campinas, SP : [s.n.], 2018.
1 recurso online (287 p.) : il., digital, arquivo PDF.
Orientador: Maria Inês Monteiro
Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Enfermagem
Resumo: O conhecimento dos trabalhadores de enfermagem e suas habilidades profissionais tornam-lhes uma equipe com presença indispensável nas instituições de saúde. Entretanto, a literatura destaca que recrutar e reter estes trabalhadores é atualmente um desafio para várias nações e, neste contexto,...
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Resumo: O conhecimento dos trabalhadores de enfermagem e suas habilidades profissionais tornam-lhes uma equipe com presença indispensável nas instituições de saúde. Entretanto, a literatura destaca que recrutar e reter estes trabalhadores é atualmente um desafio para várias nações e, neste contexto, a violência no trabalho e a capacidade para o trabalho são fatores investigados, sobretudo no exterior. O objetivo geral foi analisar a violência no contexto laboral e suas implicações na capacidade para o trabalho entre trabalhadores de enfermagem. Os objetivos específicos foram: (i) caracterizar a amostra estudada, segundo perfil e aspectos do trabalho; (ii) avaliar a ocorrência de violência no contexto laboral, a capacidade para o trabalho e aspectos em torno das intenções de abandono entre trabalhadores de enfermagem; (iii) identificar potenciais associações da violência com a capacidade para o trabalho; (iv) verificar potenciais associações da violência e da capacidade para o trabalho com a intenção do trabalhador deixar a instituição com a qual mantém vínculo formal de trabalho, a unidade e a profissão; e, (v) realizar revisão integrativa da literatura com foco na gestão da violência no trabalho na enfermagem para apoiar instituições na implementação de medidas contra este fenômeno. O estudo transversal foi desenvolvido com 267 trabalhadores de enfermagem de sete unidades de urgência e emergência, três instituições e dois estados do Brasil. Os trabalhadores responderam questionários e os dados foram analisados empregando-se a estatística descritiva, testes estatísticos, modelos de regressão linear generalizado e de Poisson e modelos esquemáticos. A maioria era técnico/auxiliar (73%), mulher (79,8%) e com 30–39 anos de idade (38,9%; 21–68). Mais da metade (61,6%) sofreu violência no trabalho (abuso verbal, assédio sexual e/ou violência física) nos últimos 12 meses e 73,6% testemunharam ao menos uma vez. Dos trabalhadores, 46,8% apresentaram boa capacidade para o trabalho. A intenção em deixar a unidade e a profissão foi, em média, 2,9 e 2,2 respectivamente, assim como 80,2% possuíam baixa intenção em deixar a instituição. Quem sofreu violência no trabalho estava menos propenso a apresentar capacidade para o trabalho boa/ótima e mais propenso a ter maior intenção em deixar a unidade e instituição, em relação aos que não sofreram. Aqueles que sofreram dois tipos ou mais de violência no trabalho estavam mais propensos a apresentarem maior intenção em deixar a profissão, comparado aos que não sofreram. O aumento da capacidade para o trabalho diminuiu a probabilidade de apresentar maior intenção em deixar a unidade e profissão. Finalmente, considerando os resultados do estudo com trabalhadores desenvolveu-se uma revisão integrativa da literatura no CINAHL, MEDLINE e Proquest Central para avaliar a aplicabilidade da simulação como estratégia para apoiar estudantes e trabalhadores de enfermagem a lidarem com a violência no trabalho. Concluiu-se, pelos testes simples e modelos de regressão, que a violência no trabalho pode prejudicar a capacidade para o trabalho e ambas podem levar à intenção em deixar a unidade, instituição e profissão. A revisão indicou que a simulação pode ser útil para intervenção contra a violência, mas evidências ainda precisam ser construídas
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Abstract: The knowledge on nursing practitioner workers’ and their professional team skills make their presence remarkably indispensable in health institutions. However, the literature highlights that recruiting and retaining such workers is currently a challenge for many nations. In this context,...
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Abstract: The knowledge on nursing practitioner workers’ and their professional team skills make their presence remarkably indispensable in health institutions. However, the literature highlights that recruiting and retaining such workers is currently a challenge for many nations. In this context, workplace violence and work ability are investigated, especially abroad. The general aim was to analyze workplace violence and its implications on the work ability among nursing workers. The specific aims were: (i) to characterize the sample studied, according to the profile and work aspects; (ii) to evaluate the occurrence of workplace violence, the work ability and aspects around the intentions of abandonment among nursing workers; (iii) to identify potential associations of workplace violence with work ability; (iv) to verify potential associations of workplace violence and work ability with the intention of the worker to leave the institution he maintains a formal bond of work, unit and profession; and (v) to carry out a integrative literature review focusing on the violence management in nursing work to support institutions in the implementation of measures against this phenomenon. The cross-sectional study was developed with 267 nursing workers from seven emergency units, three institutions and two states of the Brazil. The workers answered questionnaires and the data were analyzed from the descriptive statistics, statistical tests, generalized linear and Poisson regression models and schematic models. Most participants were nursing technicians/assistants (73%), women (79.8%) and 30–39 year old (38.9%, 21–68). More than half of the participants (61.6%) suffered workplace violence (verbal abuse, sexual harassment and/or physical violence) in the last 12 months and 73.6% witnessed it at least once. Of the workers, 46.8% had good work ability. The intention to leave the unit and profession was 2.9 and 2.2, respectively on average, as well as 80.2% had low intention to leave the institution. Those who suffered workplace violence were less likely to have good or optimal work ability and more likely to have greater intention to leave the unit and institution than those who did not suffer. Those who suffered two or more types of workplace violence were more likely to have more intention to leave the profession than those who did not. Increased work ability has reduced the likelihood of greater intention to leave the unit and the profession. We concluded from simple tests and regression models that workplace violence can impair work ability, and both can lead to the intention to leave the unit, institution and profession. Finally, considering the results of the study with workers, an integrative literature review was developed in the databases CINAHL, MEDLINE and Proquest Central to evaluate the applicability of the simulation as strategy to support nursing students and workers to cope with workplace violence. The review indicated that the simulation may be useful for intervention against violence, but evidence still needs to be built
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Monteiro, Inês
Orientador
Robazzi, Maria Lucia do Carmo Cruz
Avaliador
Cezar-Vaz, Marta Regina
Avaliador
Corrêa Filho, Heleno Rodrigues, 1950-
Avaliador
Palha, Pedro Fredemir
Avaliador
Capacidade para o trabalho, violência e intenções de abandono entre trabalhadores de enfermagem [recurso eletrônico]
Maiara Bordignon
Capacidade para o trabalho, violência e intenções de abandono entre trabalhadores de enfermagem [recurso eletrônico]
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