A mioesteatose afeta diferencialmente o prognóstico de pacientes com câncer de reto e de cólon não metastático [recurso eletrônico]
Lara Pozzuto
DISSERTAÇÃO
Português
T/UNICAMP P879m
[Myosteatosis differentially affects the prognosis of non-metastatic colon and rectal cancer patients]
Campinas, SP : [s.n.], 2021.
1 recurso online (64 p.) : il., digital, arquivo PDF.
Orientadores: José Barreto Campello Carvalheira, Maria Carolina Santos Mendes
Dissertação (mestrado profissional) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas
Resumo: Introdução: O prognóstico de pacientes com câncer pode ser afetado por alterações na composição corporal, como a mioesteatose, que influenciam na resposta ao tratamento e na sobrevida desses indivíduos. Objetivo: Avaliar a associação da miosteatose com a sobrevida de pacientes com câncer de...
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Resumo: Introdução: O prognóstico de pacientes com câncer pode ser afetado por alterações na composição corporal, como a mioesteatose, que influenciam na resposta ao tratamento e na sobrevida desses indivíduos. Objetivo: Avaliar a associação da miosteatose com a sobrevida de pacientes com câncer de cólon (CC) e câncer de reto (CR) não metastáticos e como esse fenótipo pode influenciar o tratamento. Métodos: Estudo retrospectivo com 227 pacientes diagnosticados com CC e CR não metastáticos entre janeiro de 2010 e dezembro de 2017 que realizaram tomografia computadorizada (TC) 3 meses antes ou após a data do diagnóstico. A análise da composição corporal foi realizada através da TC pelo Software SliceOmatic. Os tecidos avaliados foram o músculo esquelético (ME), tecido adiposo visceral (TAV), tecido adiposo intramuscular (TAI) e tecido adiposo subcutâneo (TAS). O músculo esquelético e o tecido adiposo subcutâneo ou visceral foram medidos em unidades de centímetros quadrados (cm²) e normalizados para altura em metros quadrados (m²) e relatados como índice de ME (IME), índice TAS (ITAS) e índice TAV (ITAV). As densidades do ME, do TAS e do TAV foram medidas como a atenuação radiológica média do tecido em Unidades de Hounsfield (UH). Para categorização da mioesteatose foram utilizados pontos de corte preestabelecidos na literatura. Como desfecho primário avaliamos a sobrevida global (SG) e para o desfecho secundário a sobrevida livre de doença (SLD). A análise estatística foi realizada no Software Stata. Para comparar os grupos foram utilizados o Teste Qui Quadrado ou Teste Exato de Fisher e Teste T de Student. As curvas de Kaplan-Meier avaliaram o efeito da mioesteatose na sobrevida dos pacientes com CC e CR. Modelos de risco proporcional foram realizados usando regressão de Cox para comparar SLD e SG, obtendo-se as razões de risco (HR) e os respectivos intervalos de confiança (IC). A significância estatística foi determinada com um valor de P <0,05. Resultados: Identificamos que as características da composição corporal se associaram com os desfechos de sobrevida de maneira diferente em pacientes com CC ou CR. A mioesteatose influencia a sobrevida em pacientes com CC, mas não daqueles com CR. A miosteatose afetou a tolerância da quimioterapia dos pacientes com CC predominantemente pelo aumento da interrupção do tratamento relacionada à toxicidade. Já no CR, não houve correlação entre miosteatose e tolerância ao tratamento. Consonantemente, 97% dos pacientes com CC sem miosteatose fizeram tratamento adjuvante, enquanto um número significativamente menor conseguiu realizar a adjuvância na presença da miosteatose. Conclusão: Identificamos a interferência da miosteatose no tratamento e sobrevida de pacientes com CC, mas não em CR, levantando a hipótese sobre a importância da separação dos dois tipos de câncer nos estudos de composição corporal
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Abstract: Background: The prognosis of cancer patients can be affected by body composition and myosteatosis, which influence the response to treatment and survival of these individuals. Aim: To evaluate the association of myosteatosis in the survival of patients with non-metastatic CC and CR and how...
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Abstract: Background: The prognosis of cancer patients can be affected by body composition and myosteatosis, which influence the response to treatment and survival of these individuals. Aim: To evaluate the association of myosteatosis in the survival of patients with non-metastatic CC and CR and how this change can influence treatment. Methods: Retrospective study with 227 patients diagnosed with non-metastatic CC and CR between January 2010 and December 2017 who underwent computed tomography (CT) 3 months before or after the date of diagnosis. The analysis of body composition was performed using CT using the SliceOmatic software. The tissues evaluated were skeletal muscle, visceral adipose tissue, intramuscular adipose tissue and subcutaneous adipose tissue. Skeletal muscle (SM) and subcutaneous (SAT) or visceral adipose tissue (VAT) were measured in units of square centimeters (cm²) and normalized for height in square meters (m²). The SMI, SAT and VAT densities were measured as the mean radiological attenuation of the tissue in Hounsfield Units (HU). To categorize myosteatosis, the cutoff points pre-established in the literature were used. As a primary endpoint, we evaluated overall survival (OS) and for the secondary endpoint, disease-free survival (DFS). Stata Software was employed to perform the statistical analysis. the Chi-Square Test or Fisher's Exact Test and Student's T Test were used to perform descriptive statistics. Kaplan-Meier curves evaluated the effect of myosteatosis on the survival of patients with rectal cancer (RC) and colon cancer (CC). Proportional hazard models were performed using Cox regression for DFS and OS, obtaining the hazard ratios (HR) and the respective confidence intervals (CI). Statistical significance was determined with a P value < 0.05. Results: 97% of patients with CC without myosteatosis underwent adjuvant treatment, whereas a significantly smaller number were able to undergo adjuvant treatment in the presence of myosteatosis. We found that the characteristics of body composition are associated differently in patients with CC or CR. myosteatosis influences survival in patients with CC, but not in CR. Myosteatosis affected the tolerance of chemotherapy predominantly by increasing the interruption of treatment related to toxicity. In RC, there was no significant difference between myosteatosis and treatment tolerance. Conclusion: We identified a negative influence of myosteatosis in the treatment and prognosis of patients with CC, but not in RC, raising the hypothesis about the importance of separating the two types of cancer in body composition studies
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Requisitos do sistema: Software para leitura de arquivo em PDF
Carvalheira, José Barreto Campello, 1971-
Orientador
Mendes, Maria Carolina Santos, 1983-
Coorientador
Pena, Géorgia das Graças
Avaliador
Chaves, Gabriela Villaça
Avaliador
A mioesteatose afeta diferencialmente o prognóstico de pacientes com câncer de reto e de cólon não metastático [recurso eletrônico]
Lara Pozzuto
A mioesteatose afeta diferencialmente o prognóstico de pacientes com câncer de reto e de cólon não metastático [recurso eletrônico]
Lara Pozzuto