O alvo "SW Mina", Depósito de Chapada (GO) [recurso eletrônico] : caracterização das rochas hospedeiras, alterações hidrotermais e mineralização cupro-aurífera
Helena Martinho Coradini
TCC
Português
TCC DIGITAL/UNICAMP C81a
Campinas, SP : [s.n.], 2019.
1 recurso online ( p.) : il., digital, arquivo PDF.
Orientador: Carolina Penteado Natividade Moreto
Trabalho de Conclusão de Curso (graduação) - Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), Instituto de Geociências
Resumo: O alvo "SW Mina" localiza-se na região centro-sul da mina de Chapada, ambos situados a noroeste do estado de Goiás. É um corpo de minério adjacente à cava mineralizada principal do depósito cupro-aurífero de Chapada e representa uma extensão imediata deste, já que consiste em um alvo...
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Resumo: O alvo "SW Mina" localiza-se na região centro-sul da mina de Chapada, ambos situados a noroeste do estado de Goiás. É um corpo de minério adjacente à cava mineralizada principal do depósito cupro-aurífero de Chapada e representa uma extensão imediata deste, já que consiste em um alvo exploratório com grande potencial lavrável. O contexto geológico compreende a Sequência Metavulcanossedimentar Mara Rosa, pertencente ao Arco Magmático de Mara Rosa, formado durante a Orogênese Brasiliana no Neoproterozoico. O trabalho teve como objetivo discriminar e caracterizar as rochas hospedeiras, as alterações hidrotermais e a assembleia de minério do alvo "SW Mina". Ademais, visou-se compreender a evolução metalogenética do alvo, uma vez que ele tem particularidades que o distingue do corpo de minério principal de Chapada, este que é um exemplo de depósito Cu-Au pórfiro pré-cambriano. Além de petrografia em luz transmitida e refletida, utilizou-se Microscópio Eletrônico de Varredura (MEV), com espectroscopia por dispersão de energia de raios-X (EDS) a fim de se obter composições semi-quantitativas para minerais de interesse. As rochas hospedeiras consistem em rochas metavulcânicas intermediárias, rochas metassedimentares impuras (metagrauvacas, metamargas e metapelitos granadíferos) e metaquartzo diorito porfirítico, metamorfizadas com pico em fácies anfibolito médio (zona da cianita) e com retrometamorfismo em fácies xisto verde (zona da clorita). A evolução hidrotermal compreende três alterações acompanhados pela precipitação do minério: biotitização (mineralização I); epidotização (mineralização II); e sericitização (mineralização III). O minério ocorre em dois estilos, disseminado e em veios de quartzo granular (veios tipo-A), ambos com calcopirita como o mineral de minério predominante e relacionados com as mineralizações (I) e (II), enquanto a mineralização (III) apresenta-se disseminada. O ouro é electrum, ou seja, uma liga metálica com mais de 20% de prata na composição. Os cristais de electrum são micrométricos e, em grande parte, inclusos em calcopirita com maiores razões Au/Ag. Com menores porcentagens de Au, alguns cristais de electrum ocorrem em fraturas e interstícios micrométricos entre sulfetos. O sistema mineralizante I (representado por biotitização e epidotização) estaria relacionado a uma paragênese de calcopirita (I e II) + pirita (I e II) ± magnetita ± ouro (electrum), além de molibdenita ± galena ± esfalerita ± arsenopirita ± telureto de prata como fases acessórias. Interpreta-se como um sistema magmático-hidrotermal que forneceu ao alvo "SW Mina" atributos híbridos de Cu-Au pórfiro e skarn Cu-Au proximal. Neste caso, a precipitação do ouro esteve relacionada com a diminuição da temperatura e/ou fugacidade de oxigênio, além de aumento no pH do fluido (condições alcalinas). Após um hiato temporal entre o sistema (I) e o sistema (II), o sistema mineralizante II (relacionado com a sericitização) foi responsável por uma paragênese de ouro (electrum) ± acantita, em condições de menor temperatura e maior acidez do fluido mineralizante. Tal sistema secundário possivelmente permitiu remobilização do ouro e reprecipitação do electrum com menores razões Au/Ag. Esse evento pode estar relacionado ao estabelecimento da zona de cisalhamento Rio dos Bois, estrutura regional que a literatura aponta como responsável por uma mineralização sin-deformacional e subordinada no contexto do depósito de Chapada
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Abstract: The "SW Mina" target is in the south-central region of Chapada mine, both located in northwest of the state of Goiás, Brazil. It is an ore body adjacent to the main mineralized pit of the copper-gold Chapada deposit. The "SW Mina" represents an immediate extension of Chapada, as it...
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Abstract: The "SW Mina" target is in the south-central region of Chapada mine, both located in northwest of the state of Goiás, Brazil. It is an ore body adjacent to the main mineralized pit of the copper-gold Chapada deposit. The "SW Mina" represents an immediate extension of Chapada, as it consists of an exploratory target with great mining potential. The geological context is the Mara Rosa metavolcano-sedimentary sequence, belonging to the Mara Rosa magmatic arc and formed during the neoproterozoic Brasiliano Orogeny. The objective of this work is to discriminate and characterize the host rocks, the hydrothermal alterations and the ore assemblage of the "SW Mina" target. In addition, the objective is to understand the metalogenetic evolution of the target due the fact it has particularities that distinguish it from the main body of Chapada, which is an example of pre-cambrian Cu-Au porphyry deposit. The research used transmitted and reflected light petrography, in addition to Scanning Electron Microscopy with X-ray energy dispersive spectrometry, in order to obtain semi-quantitative compositions of some minerals. The host rocks are intermediate metavolcanic rocks, impure metasedimentary rocks (metagraywackes, metamarls and metapelites with garnet) and porphyritic metaquartz-diorite. These rocks were metamorphosed into amphibolite facies (kyanite zone) and with retrometamorphism in greenschist facies (chlorite zone). The hydrothermal evolution comprises three alteration stages with ore precipitation: biotitization (mineralization I); epidotization (mineralization II); and sericitization (mineralization III). Ore styles are disseminated and in granular quartz veins (A-type veins), both with chalcopyrite as ore mineral and related to mineralizations (I) and (II), and mineralization (III) is disseminated. Gold is electrum (i.e., a metal alloy with more than 20% of silver in its composition). Electrum crystals are micrometric and, in general, are included in chalcopyrite with elevated Au/Ag ratios. Some electrum crystals occur in fractures and micrometric interstices between sulfides with lower Au/Ag ratios. The mineralizing system I (represented by biotitization and epidotization) would be related to a paragenesis of chalcopyrite (I and II) + pyrite (I and II) ± magnetite ± gold (electrum), also molibdenite ± galena ± sphalerite ± arsenopyrite ± silver telluride. It is interpreted as a hydrothermal-magmatic system that provided hybrid attributes of Cu-Au porphyry and proximal Cu-Au skarn. In this case, gold precipitation was related to temperature and/or oxygen fugacity decrease, besides increase in fluid pH (alkaline conditions). After a time gap between system (I) and system (II), the mineralizing system II (related to sericitization) were responsible for a paragenesis of gold (electrum) ± acanthite, and would have occurred under conditions of lower temperature and higher acidity of the mineralizing fluid. This second system possibly allowed remobilization of gold (electrum) resulting in lower Au/Ag ratios. This event may be related to "Rio dos Bois" shear zone, a regional structure that literature indicates as responsible for a syn-deformational and subordinate mineralization in the context of the Chapada deposit
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O alvo "SW Mina", Depósito de Chapada (GO) [recurso eletrônico] : caracterização das rochas hospedeiras, alterações hidrotermais e mineralização cupro-aurífera
Helena Martinho Coradini
O alvo "SW Mina", Depósito de Chapada (GO) [recurso eletrônico] : caracterização das rochas hospedeiras, alterações hidrotermais e mineralização cupro-aurífera
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