Orientador: Antônio Florentino Neto

Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas

Resumo: A Europa moderna (séculos XVII-XIX) elaborou uma noção de individuo que sustentou uma gnosiologia, uma ética e filosofia política. Na abertura da China para a modernidade europeia, no período de Deng Xiaoping (1978-1992), aquela noção de individuo foi incorporada, porém, com características...

Resumo: A Europa moderna (séculos XVII-XIX) elaborou uma noção de individuo que sustentou uma gnosiologia, uma ética e filosofia política. Na abertura da China para a modernidade europeia, no período de Deng Xiaoping (1978-1992), aquela noção de individuo foi incorporada, porém, com características chinesas. O objetivo desta tese é delimitar a noção de indivíduo moderno incorporado pela China por meio de uma hermenêutica da teoria da rede inter-relacional. Para alcançar tal objetivo seguiremos os seguintes passos: 1. Apresentaremos a hermenêutica da teoria da rede inter-relacional; 2. Apresentaremos a ontologização dos princípios lógicos que definem identidade e individualidade em ocidente; 3. Exporemos os fundamentos filosóficos de N?g?rjuna e Laozi com relação ao individuo e de F?zàng com relação a rede; 4. Apresentaremos o Neoconfucionismo de Zh?x? para fundamentar a noção de individuo na China antes da abertura; 5. Apresentaremos a teoria de Deng Xiaoping, no que refere ao individuo, como fundamento do Tao da modernidade chinesa. Por fim, concluiremos que a modernidade chinesa resgata a noção de individuo moderno europeu em face a três elementos orientais fundamentais, a saber, (1) vazio de substancialidade ou vacuidade da substância, (2) fluxo da realidade (Tao) e (3) rede. Além de incluir a noção marxista de produtividade

Abstract: Modern Europe (17th-19th centuries) developed a notion of the individual that supported gnoseology, ethics and political philosophy. In the opening of China to European modernity, in the period of Deng Xiaoping (1978-1992), that notion of the individual was incorporated, however, with...

Abstract: Modern Europe (17th-19th centuries) developed a notion of the individual that supported gnoseology, ethics and political philosophy. In the opening of China to European modernity, in the period of Deng Xiaoping (1978-1992), that notion of the individual was incorporated, however, with Chinese characteristics. The purpose of this thesis is to delimit the notion of modern individual incorporated by China through hermeneutics of the interrelational network theory. To achieve this objective, we will follow the following steps: 1. We will present the hermeneutics of the interrelational network theory; 2. We will present the ontologization of the logical principles that define identity and individuality in the West; 3. We will expose the philosophical foundations of N?g?rjuna and Laozi in relation to the individual and of F?zàng in relation to the network; 4. We will present Zh?x? 's neoconfucionism to support the notion of the individual in China before the opening; 5. We will present Deng Xiaoping's theory, with regard to the individual, as the foundation of the Tao of Chinese modernity. Finally, we will conclude that Chinese modernity rescues the notion of a modern European individual in the face of three fundamental Eastern elements, namely, (1) emptiness of substance or emptiness of substance, (2) flow of reality (Tao) and (3) network. In addition to including the Marxist notion of productivity

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