Massa óssea de mulheres com insuficiência ovariana prematura [recurso eletrônico] : um estudo comparativo entre terapia hormonal e contraceptivo oral combinado = Bone mass in women with premature ovarian insufficiency: a comparative study between hormone therapy and combined oral contraceptives
Lívia Barcellos Carvalho Gazarra
DISSERTAÇÃO
Multilíngua
T/UNICAMP G258m
[Bone mass in women with premature ovarian insufficiency]
Campinas, SP : [s.n.], 2020.
1 recurso online (70 p.) : il., digital, arquivo PDF.
Orientador: Cristina Laguna Benetti Pinto
Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas
Resumo: Introdução: Mulheres com insuficiência ovariana prematura (IOP) tornam-se deficientes em estrogênio, com perda da atividade ovariana antes dos 40 anos de idade. O hipoestrogenismo resulta em aumento da remodelação óssea, aumento da atividade osteoclástica e redução da densidade mineral...
Ver mais
Resumo: Introdução: Mulheres com insuficiência ovariana prematura (IOP) tornam-se deficientes em estrogênio, com perda da atividade ovariana antes dos 40 anos de idade. O hipoestrogenismo resulta em aumento da remodelação óssea, aumento da atividade osteoclástica e redução da densidade mineral óssea. Mulheres com IOP utilizam terapia hormonal (TH) por tempo prolongado. O contraceptivo oral combinado (COC) pode ser uma opção bem aceita, porém pouco avaliada com relação à sua ação sobre a massa óssea. Objetivo: Avaliar o efeito do contraceptivo hormonal oral combinado sobre a densidade mineral óssea (DMO) de mulheres com IOP. Métodos: Estudo de coorte retrospectiva, observacional, com inclusão de mulheres com IOP que realizaram densitometria com intervalo de 2 ±1 anos atendidas no ambulatório de ginecologia endócrina do Departamento de Tocoginecologia da Faculdade de Ciências Médicas, Universidade Estadual de Campinas, Unicamp. Para cada par de densitometrias, calculou-se a diferença entre valores de DMO final e inicial (delta) para coluna lombar, fêmur total, colo do fêmur. Os deltas foram agrupados por tratamento para análise: grupo COC (etinilestradiol 30 mcg associado a levonorgestrel, uso contínuo), comparado a: grupo TH de menor dose (TH contendo estrogênio conjugado (EC) 0,625 mg contínuo associado a medroxiprogesterona, ou estradiol (E2) 1 mg contínuo associado a noretisterona), grupo TH de maior dose (TH contendo EC 1,25 mg contínuo associado a medroxiprogesterona ou E2 2 mg contínuo associado a noretisterona), grupo tibolona (2,5 mg diariamente) e grupo sem TH. Para análise do efeito dos tratamentos sobre a DMO ao longo do tempo utilizou-se Equações de Estimação Generalizada - Generalized Estimating Equations (GEE), com variáveis sem distribuição normal transformadas em postos (ranks). Resultados: Foram analisadas 420 densitometrias de mulheres com IOP com média de idade de 30,5 ± 9,27 anos, IMC 24,9 ± 5,02, resultando em 210 intervalos de densitometrias para análise dos efeitos dos tratamentos. No Grupo COC houve ganho de massa óssea na coluna lombar e fêmur total, resultado semelhante ao obtido para o tratamento TH maior dose. Na coluna lombar, houve perda da DMO nos grupos que não utilizaram TH, TH menor dose e tibolona. Para o fêmur total, verificou-se redução na DMO no Grupo de TH menor dose. Para o colo do fêmur, a DMO reduziu em todos os grupos, exceto para as mulheres que utilizaram tibolona, que eram em pequeno número. Considerando o resultado obtido nas mulheres do Grupo COC como referência, observou-se perda de DMO na coluna lombar nos Grupos sem TH (p<0,001), TH menor dose (p<0,001) e tibolona (p= 0,026), além de redução no fêmur total nos Grupos sem TH (p= 0,014), menor dose (p<0,001) e maior dose (p= 0,038). Para colo do fêmur não houve diferença nos resultados obtidos para todos os tipos de tratamento. Conclusão: O COC contendo 30 mcg de etinilestradiol usado continuamente mostrou-se superior ao uso de TH contendo menor dose estrogênica e similar ao uso de TH contendo maior dose estrogênica na preservação da massa óssea, podendo ser considerado uma alternativa para reposição hormonal de mulheres com IOP
Ver menos
Abstract: Introduction: Women with premature ovarian insufficiency (POI) become estrogen-deficient at an early age, with ovarian activity ceasing prior to forty years of age. Estrogen deficiency results in increased bone remodeling, increased osteoclast activity and reduced bone mineral density....
Ver mais
Abstract: Introduction: Women with premature ovarian insufficiency (POI) become estrogen-deficient at an early age, with ovarian activity ceasing prior to forty years of age. Estrogen deficiency results in increased bone remodeling, increased osteoclast activity and reduced bone mineral density. Women with POI undergo hormone therapy (HT) for longer periods. Hormone therapy with combined oral contraceptives (COC) can be a well accepted option, but their effect on bone mass needs more research. Objective: to evaluate the effect of combined oral contraceptive on bone mineral density in women with POI. Methods: Retrospective, observational cohort study, including women with POI who had undergone two or more densitometry scans with an interval of 2 ±1 years seen at the endocrine gynecology outpatient clinic of the Department of Obstetrics and Gynecology, at the Faculty of Medical Sciences, University of Campinas, Unicamp. The difference between final and initial (delta) BMD values was calculated for lumbar spine, total femur and femoral neck. The deltas were grouped by treatment for analysis: COC group (ethinylestradiol 30 mcg associated with levonorgestrel, continuous use), compared to low-dose group (conjugated estrogen (CE) 0.625 mg continuous plus medroxyprogesterone OR 17-beta estradiol (E2) 1mg continuous plus norethisterone), high-dose group (CE 1.25 mg continuous plus medroxyprogesterone OR E2 2 mg continuous plus norethisterone), tibolone 2.5 mg daily group and group without hormonal therapy. For the analysis of the effect of treatments over time, we used Generalized Estimating Equations, with variables without normal distribution transformed into ranks. Results: A total of 420 BMD scans of women with POI with mean age of 30.5 ± 9.27 years, BMI 24.9 ± 5.02, were evaluated, resulting in 210 densitometry intervals for analysis of the effects of treatments. The COC group presented improvement in BMD in lumbar spine and total femur over time, similar to the high-dose group. At the lumbar spine, BMD decreased in the untreated, low-dose and tibolone groups. Total femur BMD decreased in the low-dose group. At the femoral neck, BMD decreased in all groups except for the tibolone group. When the differences between the two scans were compared, taking the COC group as a reference, a loss of BMD was observed at the lumbar spine, in the untreated group (p<0.001), in the group of women receiving low-dose HT (p<0.001) and in the group treated with tibolone (p=0.026). At the total femur, reduction in BMD was also observed, in the untreated group (p=0.014), in the low-dose HT group (p<0.001) and in the high-dose HT group (p=0.038). At the femoral neck, no statistically significant differences were found in the response of BMD to the different treatments. Conclusions: For the BMD of POI women, continuous administration of COC was shown to be superior to the low-dose HT, similar outcomes to that of high-dose of estrogen. Thus, COC can be considered an alternative treatment for hormone replacement in women with POI
Ver menos
Requisitos do sistema: Software para leitura de arquivo em PDF
Massa óssea de mulheres com insuficiência ovariana prematura [recurso eletrônico] : um estudo comparativo entre terapia hormonal e contraceptivo oral combinado = Bone mass in women with premature ovarian insufficiency: a comparative study between hormone therapy and combined oral contraceptives
Lívia Barcellos Carvalho Gazarra
Massa óssea de mulheres com insuficiência ovariana prematura [recurso eletrônico] : um estudo comparativo entre terapia hormonal e contraceptivo oral combinado = Bone mass in women with premature ovarian insufficiency: a comparative study between hormone therapy and combined oral contraceptives
Lívia Barcellos Carvalho Gazarra