Resumo: Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), 54% da população mundial vive em cidades, com expectativa de chegar, em meados deste século, a 66%. Indicando que a população mundial chegará a 8,6 bilhões até o ano de 2030, havendo um aumento significativo de 1 bilhão de pessoas no mundo em apenas 13 anos, de 2017 a 2030. Para 2050, haverá um aumento populacional mundial de aproximadamente 9,6 bilhões, sendo que destes, 70% viverão nas áreas urbanas das cidades. As cidades que são interligadas a informação e comunicação, com infraestrutura e suporte tecnológico, com possibilidade de serem sustentáveis (seja na mobilidade, na comunicação, entre outros) são um atrativo para a migração em busca de "qualidade de vida", sendo este um fator relevante para o forte adensamento dos grandes centros. Existem indicadores de qualidade de vida para as cidades, de empresas que são conhecidas e respeitadas, utilizados mundialmente. Entretanto, foi observado que as cidades densas nesses rankings não estão bem-posicionadas, mostrando que elas têm problemas. Em face do exposto real e crescente, para que se possa conhecer melhor as realidades das cidades mundiais em um processo de urbanização acelerado e para que sejam tomadas medidas que mantenham ou proporcionem qualidade de vida, associadas a ferramentas já utilizadas pelos órgãos gestores do espaço urbano nas cidades, através de políticas públicas, faz-se necessário saber se há correlação entre densidade populacional e qualidade de vida, assim como quais são os fatores que geram a sua perda. Nesta pesquisa, através da análise estatística, foi possível verificar a correlação entre densidade populacional e qualidade de vida, e quais os fatores que causam perda de qualidade de vida à medida que as cidades se adensam. Para a análise estatística, foi realizada uma correlação de Pearson para testar a hipótese de correlação entre densidade populacional e qualidade de vida. Como resultado, foi apresentado que há correlação entre densidade populacional e qualidade de vida, entretanto, menor que a correlação das variáveis já contidas no modelo utilizado, com o ranking de qualidade de vida. Como conclusão, verificou-se que as próprias variáveis contidas no ranking utilizado nessa pesquisa já têm em suas ponderações, de forma implícita, a densidade. Observando que não há significância do uso da variável densidade para o cálculo da qualidade de vida. Para a contribuição teórica que aborda essa pesquisa, foram incluídas mais duas variáveis, ao ranking da plataforma da Numbeo, como base para a análise de qualidade de vida nas cidades, a de Planejamento Urbano e a de Tecnologia, gerando uma nova classificação. Estas duas novas variáveis foram estabelecidas observando o grau de importância que elas possuem baseada na pesquisa documental. Com a inclusão das duas variáveis no modelo, foi possível verificar o impacto expressivo na nova classificação, estabelecendo um novo ranking de qualidade de vida nas cidades Ver menos

Abstract: According to the United Nations (UN), 54% of the world population lives in cities, with the expectation of reaching 66% in the middle of this century. Indicating that the world population will reach 8.6 billion by the year 2030, with a significant increase of 1 billion people in the world in just 13 years, from 2017 to 2030. For 2050, there will be a world population increase of approximately 9.6 billion, of which 70% will live in urban areas of cities. Cities that are interconnected to information, communication, with infrastructure and technological support, with the possibility of being sustainable, whether in mobility, in communication, among others, are an attraction for migration in search of "quality of life", which is a factor relevant to the strong density of large centers. There are quality of life indicators for cities, for companies that are known, respected and used worldwide. However, it was observed that the dense cities in these rankings are not well positioned, showing that they have problems. In view of the real and growing exposed, in order to better understand the realities of world cities in an accelerated urbanization process, and for measures to be taken that maintain or provide quality of life, associated with tools already used by Organs managing bodies of the urban space in cities, through public policies, it is necessary to know if there is a correlation between population density and quality of life, as well as, what are the factors that generate their loss. In this research, through statistical analysis, it was possible to verify the correlation between population density and quality of life, and which factors cause loss of quality of life as cities get denser. For statistical analysis, a Pearson correlation was performed to test the hypothesis of a correlation between population density and quality of life. As a result, it was shown that there is a correlation between population density and quality of life, however, less than the correlation of the variables already contained in the model used, with the quality-of-life ranking. As a conclusion, it was found that the variables contained in the ranking used in this research already have density in their weightings implicitly. Observing that there is no significance in the use of the density variable to calculate the quality of life. For the theoretical contribution that addresses this research, two more variables were included in the ranking of the Numbeo platform, as a basis for the analysis of quality of life in cities, that of Urban Planning and that of Technology, generating a new classification. These two new variables were established, observing the degree of importance that they have based on documentary research. With the inclusion of the two variables in the model, it was possible to verify the significant impact of the new classification, establishing a new ranking of quality of life in cities Ver menos