Resumo: Este trabalho se propõe a analisar o conceito de empatia na teoria econômica, com foco nos seus efeitos para a tomada de decisão, a partir da análise histórica do conceito em economia, abrangendo também debates das neurociências e ciências sociais. Evidencia-se como esse conceito é fundamental para compreensão das motivações individuais que se afastam da lógica maximizadora do homus economicus colocado pela microeconomia tradicional. Coloca-se que a complexidade das motivações humanas para tomadas de decisões econômicas precisa considerar a necessidade de aprovação do indivíduo perante a sociedade, a busca do equilíbrio entre os interesses individuais e coletivos, suas preferências empáticas e simpáticas e a relação com o outro. Explora-se a relação entre a solução de conflitos a partir da busca por equilíbrios empáticos com a necessidade de ambientes socioeconômicos mais diversos, adotando o conceito de diversidade como a variação de características pessoais como raça, gênero, idade, religião, entre outros. Evidencia-se, também, como a diversidade é benéfica ao desenvolvimento econômico. A conclusão do trabalho é que a empatia é um conceito amplo e multifacetado, que varia de acordo com a área de conhecimento e objetivo do estudo, mas o elemento em comum a eles é a necessidade de interação com o outro. Essa interação é capaz de influenciar comportamentos pró-sociais e varia de acordo com o contexto e as características individuais do ser tomador de decisão, como gênero e idade, bem como se ela foi previamente estimulada ou não. Além disso, conclui-se que a construção de uma sociedade mais justa e igualitária e o desenvolvimento econômico passa pela promoção de ambientes socioeconômicos mais diversos, que possibilitam soluções de conflitos por meio de equilíbrios empáticos Ver menos