Prevalência, fatores associados e terapias comportamentais para o bruxismo de vigília [recurso eletrônico] = Awake bruxism prevalence, associated factors, and behavioral therapies
Mariana Barbosa Câmara de Souza
TESE
Multilíngua
T/UNICAMP C14p
[Awake bruxism prevalence, associated factors, and behavioral therapies]
Piracicaba, SP : [s.n.], 2020.
1 recurso online ( 113 p.) : il., digital, arquivo PDF.
Orientador: Renata Cunha Matheus Rodrigues Garcia
Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Odontologia de Piracicaba
Resumo: Os trabalhos apresentados nesta tese tiveram como objetivo (1) avaliar a frequência de bruxismo de vigília (BV) em jovens pré-universitários; (2) avaliar a frequência de BV em pacientes com disfunção temporomandibular (DTM); (3) analisar o efeito de terapias comportamentais, como o...
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Resumo: Os trabalhos apresentados nesta tese tiveram como objetivo (1) avaliar a frequência de bruxismo de vigília (BV) em jovens pré-universitários; (2) avaliar a frequência de BV em pacientes com disfunção temporomandibular (DTM); (3) analisar o efeito de terapias comportamentais, como o Biofeedback (BFB) e Intervenção Momentânea Ecológica (IME) sobre o BV, dor orofacial e fatores biopsicossociais; e (4) verificar a prevalência de BV e DTM, sua associação com fatores psicossociais e qualidade de vida (QV), assim como as perspectivas acadêmicas de estudantes de Odontologia considerando a pandemia do COVID-19. Para responder ao objetivo 1, 69 estudantes pré-universitários utilizaram o aplicativo Bruxapp® durante 7 dias para mensurar a frequência de BV. Questionários sobre ansiedade e depressão (Hospital Anxiety and Depression Scale–HADS), estresse (Perceived Stress Scale–PSS), QV relacionada à saúde bucal (OHIP-14), e comportamentos orais (Oral Behaviors Checklist–OBC) foram utilizados. Para o objetivo 2, 60 voluntários foram selecionados, 30 com DTM e 30 sem DTM, e o BV foi avaliado pelo aplicativo Bruxapp®. Para o objetivo 3, 90 pacientes com dor orofacial e BV foram divididos em três grupos: BFB, IME, e Controle (sem intervenção). O BV foi mensurado por eletromiografia em atividades específicas, e a dor por autorrelato e limiar de dor à pressão. Ainda, foi utilizado o HADS, PSS, e o WHOQOL-bref, sendo este último para avaliar a QV. As avaliações foram realizadas antes, 30 e 90 dias após as terapias. Ademais, para o objetivo 4, 268 estudantes do último ano de Odontologia responderam questionários online sobre BV, DTM, o HADS, PSS, e WHOQOL-bref, além de perguntas estruturadas sobre as perspectivas acadêmicas. Para todos os objetivos foram utilizados testes estatísticos adequados, considerando ?=0,05. A frequência média de BV em estudantes pré-universitários (objetivo 1) foi 38,4%, sendo o BV significativamente correlacionado com o OBC, ansiedade, depressão, estresse e OHIP-14 (todos P<0,001). A frequência média de BV em pacientes com DTM (objetivo 2) foi 51,7%, diferindo de participantes sem DTM (P=0,040). Considerando o efeito das terapias sobre o BV (objetivo 3), BFB e IME reduziram o número de episódios de BV, com IME apresentando maiores reduções em 90 dias. Fatores psicológicos e a qualidade de vida tiveram efeito de tempo significativo (P<0,05), sem diferença estatística entre os três grupos. Os grupos BFB e IME apresentaram escores mais baixos para dor autorreferida (P<0,05), e o limiar de dor à pressão destes grupos aumentou após 30 dias das intervenções. Além disso, no contexto da pandemia do COVID-19 (objetivo 4), BV e DTM foram reportados por 54,8% e 64,2% dos participantes, respectivamente, sendo associados a pior QV. Ainda, medo do COVID-19 teve associação significativa com ansiedade e estresse, e com aspectos relacionados às perspectivas acadêmicas. Assim, pudemos observar que estudantes pré-universitários apresentaram frequência moderada de BV, sendo esse comportamento correlacionado com fatores psicossociais, e que esta frequência é significativamente maior em pacientes com DTM. As terapias BFB e IME reduziram o BV, influenciando positivamente na QV dos participantes. Outrossim, a pandemia do COVID-19 gerou incertezas para estudantes de Odontologia, os quais reportaram BV e DTM, elevados níveis de ansiedade, depressão e estresse.
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Abstract: This thesis is formed by researches that aimed (1) to evaluate awake bruxism (AB) frequency in pre-university students; (2) to evaluate AB frequency in patients with temporomandibular disorders (TMD); (3) to verify the effect of behavioral therapies, such as Biofeedback (BFB) and...
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Abstract: This thesis is formed by researches that aimed (1) to evaluate awake bruxism (AB) frequency in pre-university students; (2) to evaluate AB frequency in patients with temporomandibular disorders (TMD); (3) to verify the effect of behavioral therapies, such as Biofeedback (BFB) and Ecological Momentary Intervention (EMI) on AB, orofacial pain and biopsychosocial factors; and (4) to verify AB and TMD prevalence, its association with psychosocial factors and quality of life (QoL), as well as academic perspectives of dental students considering the COVID-19 pandemic. To answer the first objective, 69 pre-university students used the Bruxapp® application for 7 days to measure AB frequency. Questionnaires about anxiety and depression (Hospital Anxiety and Depression Scale – HADS), stress (Perceived Stress Scale – PSS), oral health-related QoL (OHIP-14), and oral behaviors (Oral Behaviors Checklist – OBC) were used. For the second objective, 60 volunteers were selected, 30 with and 30 without TMD. AB was evaluated by the Bruxapp® application. For objective 3, 90 patients with orofacial pain and AB were divided into three groups: BFB, EMI, and Control (without intervention). AB was measured by electromyography during standardized tasks, and the pain was self-reported and by pressure pain threshold test. Besides, HADS, PSS and WHOQOL-bref were used, being the last used to assess QoL. Assessments were performed before, 30, and 90 days after therapies. Moreover, for objective 4, 268 final-year dental students completed online questionnaires about AB, TMD, HADS, PSS, and WHOQOL-bref, and also answered structured questions about academic perspectives. For all objectives, adequate statistical tests were used, considering ? = 0.05. The average AB frequency in pre-university students (objective 1) was 38.4%, and AB was significantly correlated with OBC, anxiety, depression, stress, and OHIP-14 (all P<0.001). The average AB frequency in patients with TMD (objective 2) was 51.7%, differing from participants without TMD (P=0.040). Considering the therapies’ effect on AB (objective 3), BFB and EMI reduced the number of AB episodes, with EMI showing greater reductions after 90 days. Psychological factors and QoL had a significant time effect (P<0.05), without statistical difference among the three groups. The BFB and EMI groups had lower scores for self-reported pain (P<0.05), and the pressure pain threshold increased after 30 days of interventions. Moreover, considering the COVID-19 pandemic (objective 4), AB and TMD were reported by 54.8% and 64.2% of participants, respectively, being associated with worse QoL. Still, COVID-19 fear had a significant association with anxiety and stress, and with some aspects related to academic perspectives. Thus, considering all results achieved, it was possible to conclude that pre-university students had moderate AB frequency, which is correlated with psychosocial factors, and that this frequency is significantly higher in patients with TMD. BFB and EMI therapied reduced AB, positively influencing the participants’ QoL. Furthermore, the COVID-19 pandemic affected the academic perspectives of final-year dental students, and this population had a high prevalence of AB and TMD, and high levels of anxiety, depression, and stress.
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Requisitos do sistema: Software para leitura de arquivo em PDF
Almeida, Erika Oliveira de
Avaliador
De La Torre, Giancarlo Canales, 1987-
Avaliador
Vilanova, Larissa Soares Reis, 1987-
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Marcello-Machado, Raissa Micaella, 1988-
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Prevalência, fatores associados e terapias comportamentais para o bruxismo de vigília [recurso eletrônico] = Awake bruxism prevalence, associated factors, and behavioral therapies
Mariana Barbosa Câmara de Souza
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