Resumo: Ao tomarmos a escola como lugar da multiplicidade e do encontro, em que trajetórias diversas atravessam os processos continuamente, cartografamos os percursos das produções/projeções em duas escolas que foram campo para práticas experimentais de cinema em oficinas de formação de docentes. As experimentações audiovisuais atuaram como disparadoras de movimentos, permitindo o acompanhamento dos percursos que foram suscitando pistas que levaram à criação de linhas de possibilidades tanto para o cinema, quanto para a escola. As proposições das oficinas foram orientadas pela invenção de vídeos posteriormente projetados em locais da escola que apresentavam condições de luminosidade variadas, ora natural, ora artificial, para além da sala escura do cinema. Ver produções nacionais de cinema e vídeoarte, produzir vídeos experimentais, promover rodas de conversa, para em seguida projetar em locais inusitados de maneira interventiva, foram os métodos que conformaram telas de múltiplas formas e tamanhos, diversidades de texturas visuais, cores, contrastes às imagens, trazendo ao cinema uma proposta de ruptura da tradicional tela retangular. Foi na intersecção entre o campo do cinema e das artes visuais que encontramos referências fundamentais para a construção de um cinema menor, no sentido de escape das lógicas de consumo do cinema comercial. A busca por uma experiência coletiva de produção e exibição, apostou na potência da arte, canalizada por práticas experimentais de cinema que, no encontro com a escola, arrastam-se deixando rastros, misturando-se a ela para ampliar a realidade daquele lugar cheio de vida, demandas, pluralidades, corpos, vontades, singularidades, desejos e afetos Ver menos

Abstract: When we take the school as a place of multiplicity and encounter, in which different trajectories cross the processes continuously, we map the paths of productions / projections in two schools that were the field for experimental cinema practices in teacher training workshops. The audiovisual experiments acted as triggers of movements, allowing or accompanying the paths that were raised clues that led to the creation of lines of possibilities for both cinema and school. The workshops’ proposals were guided by the invention of videos that were later transmitted in school locations that presented varied lighting conditions, sometimes natural, sometimes artificial, in addition to the dark cinema room. Seeing national film and video art productions, producing experimental videos, promoting conversation circles, and then projecting in unusual places in an interventional way, were the methods that formed screens of multiple shapes and formats, diversity of visual textures, contrasting images, bringing to the cinema a proposal to break the traditional rectangular screen. It was at the intersection between the field of cinema and the visual arts that we found fundamental references for the construction of a smaller cinema, in the sense of escape from the logic of consumption of commercial cinema. The search for a collective experience of production and exhibition, bet on the potency of art, channeled by experimental cinema practices that, in the encounter with the school, drag themselves leaving traces, mixing with it to enlarge the reality of that place full of life, demands, pluralities, bodies, desires, singularities, desires and affections Ver menos