Comparação entre os resultados obtidos com o uso do hCG, agonista de GnRH e do duplo trigger no tratamento de fertilização in vitro e avaliação de fatores de risco para taxa de maturaçõa sub ótima [recurso eletrônico]
Larissa Matsumoto
DISSERTAÇÃO
Português
T/UNICAMP M429c
[Results of the use of hCG, agonist GnRH and dual trigger on in vitro fertiization and evaluation of risk factors for sug-optimal maturation rate]
Campinas, SP : [s.n.], 2020.
1 recurso online ( 75 p.) : il., digital, arquivo PDF.
Orientador: Daniela Angerame Yela Gomes
Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas
Resumo: Introdução: O processo final do hiperestímulo ovariano é a maturação oocitária que possui influência direta nos resultados da fertilização in vitro (FIV), avaliados pela taxa de maturação oocitária e qualidade embrionária associado a menores taxas da Síndrome de Hiperestímulo Ovariano (SHO)....
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Resumo: Introdução: O processo final do hiperestímulo ovariano é a maturação oocitária que possui influência direta nos resultados da fertilização in vitro (FIV), avaliados pela taxa de maturação oocitária e qualidade embrionária associado a menores taxas da Síndrome de Hiperestímulo Ovariano (SHO). O trigger utilizado como padrão é o HCG e para mulheres sob risco de SHO o agonista de GnRH. Para mulheres com baixa reserva ovariana, o duplo trigger parece ser a melhor opção com melhores taxas de maturação oocitária e maiores taxas de gravidezes. Não há estudos que comparem os resultados dos três triggeres e que avaliem as taxas de maturação oocitária, de forma a buscar melhores resultados na FIV. Objetivos: Comparar os resultados entre o uso do HCG, do agonista de GnRH e do duplo trigger no tratamento de FIV e avaliar os fatores de risco associado à taxas de maturação sub ótima. Métodos: estudo observacional retrospectivo com 856 mulheres submetidas a captação oocitária atendidas na clínica Vida Bem Vinda de São Paulo no período de outubro de 2011 a julho de 2017. As mulheres foram divididas em 3 grupos de acordo com o tipo de trigger utilizado para a maturação oocitaria: (A) hCG( 525 mulheres), (B) agonista de GnRH ( 271 mulheres) e (C) duplo trigger (60 mulheres). A seguir estas mulheres foram classificadas de acordo com suas taxas de maturação em (I). Taxa de maturação nula (25 mulheres), (II). Taxa de maturação insuficiente (1- 70%) (232 mulheres) e (III). Taxa de maturação adequada (> 70%) (566 mulheres) para identificar os fatores de risco para a maturação sub ótima. Foram excluídos os casos em que houve a realização de extração testicular de espermatozoides, ciclos onde não houve captação e dados prontuários com ausência de 50% ou mais dos dados. As variáveis analisadas foram tipos de triggeres, número de óvulos captados, quantidade de óvulos maduros, de óvulos fertilizados e de 2 pro núcleo, taxa de maturação oocitária e de gravidez bioquímica e clínica. Foram utilizados cálculos de frequência, e percentual, teste qui-Quadrado e exato de Fisher, e Mann- Whitney, Teste de Kruskal-Wallis. Para a taxa de maturação, foi utilizado, a análise de regressão de Poisson, univariada e multivariada. O nível de significância adotado nos testes estatísticos foi de 5%. Resultados: A média etária foi de 35,93±4,59 anos. A taxa de maturação foi de 77% no grupo A, 76% no grupo B e 83% no grupo C (p = 0,0035). O Grupo B apresentou mulheres com indicadores de melhor reserva ovariana, maiores níveis de hormônio anti-mulleriano e de contagem de folículos antrais, maior número de óvulos captados, óvulos maduros e embriões em relação aos outros grupos (p< 0,001). A taxa total de gravidez cumulativa foi de 47,04%, sendo 11,1% de gestações gemelares. Não houve diferença estatística entre as taxas de gravidezes, o número de sacos gestacionais e o número de aborto entre os três grupos (p= 0,755, p=0,648, p= 0,227; respectivamente). A taxa de maturação nula foi de 3,03% e a taxa de maturação <70% foi de 28,18%. Nenhuma variável aumentou a chance para taxa de maturação sub ótima. A baixa reserva ovariana aumentou em 3,95 vezes a chance de apresentar taxa de maturação nula (p=0.001, IC 95% 1,7-9,15), e a dose de FSH administrada no estímulo < 1650 UI em 15,83 vezes (p= 0.008 IC 95% 2.08-120.35). Conclusão: As taxas de maturação do grupo com duplo trigger foram melhores que do grupo agonista de GnRH e não houve diferença estatística nas taxas de gravidez bioquímica, aborto e gemelaridade entre os grupos. Mulheres com baixa reserva ovariana e dose de FSH administrada no estímulo < 1650 UI têm maior chance de apresentarem taxa de maturação nula
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Abstract: Introduction: The final process of ovarian hyperstimulation is oocyte maturation and has a direct influence on the results of in vitro fertilization (IVF); evaluated by oocyte maturation rate, embryonic quality, associated with lower rates of Ovarian Hyperstimulation Syndrome (OHSS). The...
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Abstract: Introduction: The final process of ovarian hyperstimulation is oocyte maturation and has a direct influence on the results of in vitro fertilization (IVF); evaluated by oocyte maturation rate, embryonic quality, associated with lower rates of Ovarian Hyperstimulation Syndrome (OHSS). The trigger used as standard is HCG, and for patients, at risk of OHSS, the agonist GnRH. For patients with low ovarian reserve, double trigger seems to be the best option, with better oocyte maturation rates, and higher pregnancy rates. We still do not have a clear comparison between the three triggers and their results that evaluate oocyte maturation rates and the development of OHSS; seeking the clinical decision to the best IVF result, offering a better indication with less risk, and thus personalizing the treatment of each woman.Objectives: Compare the success rates between the use of HCG, agonist GnRH and dual trigger, for oocyte maturation in the treatment of IVF / ICSI and to evaluate the associated risk factors, which led the women to present sub optimal maturation rates.Methods: A retrospective observational cohort study was carried out with 856 women submitted to IVF at the "Vida Bem Vinda" clinic in São Paulo, who performed the oocyte abstractions between October 2011 and July 2017. The women were classified into three groups: (A). hCG, with 525 women; (B). group that used the GnRH agonist, with 271 women and (C). double trigger, with 60 women; for evaluation of oocyte maturation. These women were then classified according to their maturation rates in (I). Null maturation rate: 25 women; (II). Insufficient maturation rate (1-70%): 232 women and (III). Adequate maturation rate (> 70%): 566 women; to identify risk factors for sub optimal maturation.The cases in which testicular sperm extraction was performed and cycles where there was no uptake and incomplete data in the medical record we excluded. The analyzed variables were types of triggers; number of ovules collected; quantity of mature ova, fertilized eggs and 2NP; oocyte maturation rate, fertilization and biochemical and clinical pregnancy rates. Frequency calculations, percentage, chi-square test and Fisher's exact test, and Mann-Whitney, Kruskal-Wallis test were used. For the maturation rate, the univariate and multivariate Poisson regression analysis was used. The level of significance adopted in the statistical tests was 5%. Results: The average age was 35.93 ± 4.59. The maturation rate was 77% in group A, 76% in group B and 83% in group C (p = 0.0035). Group B showed women with better ovarian reserve, better levels of anti-mullerian hormone and higher count of antral follicles, greater number of ovules collected, mature ovules and embryos in relation to the other groups (p <0.001). The total cumulative pregnancy rate was 47.04%, being 11.1% of twin pregnancies. There was no statistical difference between pregnancy rates, number of gestational sacs, and number of abortions among the three groups (p = 0.755, p = 0.648, p = 0.227, respectively).The null maturation rate was 3.03% and the maturation rate <70%, was 28.18%. No variable such as age, infertility time, low ovarian reserve, trigger, BMI, FSH dose, LH dosed on the day of the trigger, or dose of LH administered in the stimulus increased the chance for maturation rate. The low ovarian reserve increased 3.95 times the chance of presenting a null maturation rate (p = 0.001, 95% CI, 1.7-9.15), and the FSH dose administered in the stimulus <1650 IU in 15.83 times (p = 0.008 95% CI 2.08-120.35).Conclusion: the maturation rates of the double trigger group were better than group GnRH agonist, and there was no statistical difference in the comparison between the biochemical pregnancy, abortion and twin rates among the groups. Women with low ovarian reserve and dose of FSH administered in the stimulus <1650 IU are more likely to have a null maturation rate
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Comparação entre os resultados obtidos com o uso do hCG, agonista de GnRH e do duplo trigger no tratamento de fertilização in vitro e avaliação de fatores de risco para taxa de maturaçõa sub ótima [recurso eletrônico]
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Comparação entre os resultados obtidos com o uso do hCG, agonista de GnRH e do duplo trigger no tratamento de fertilização in vitro e avaliação de fatores de risco para taxa de maturaçõa sub ótima [recurso eletrônico]
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