No limiar da subjetividade [recurso eletrônico] : considerações sobre a audiodescrição
Marcella Wiffler Stefanini
DISSERTAÇÃO
Português
T/UNICAMP St32n
[At the threshold of subjectivity]
Campinas, SP : [s.n.], 2020.
1 recurso online (174 p.) : il., digital, arquivo PDF.
Orientador: Érica Luciene Alves de Lima
Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Estudos da Linguagem
Resumo: A pesquisa de mestrado teve como objetivo propor uma reflexão acerca da questão da objetividade na elaboração de um roteiro de audiodescrição (AD). Como modalidade de tradução audiovisual (TAV), a AD é a descrição de imagens em palavras, cujo propósito é tornar materiais imagéticos...
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Resumo: A pesquisa de mestrado teve como objetivo propor uma reflexão acerca da questão da objetividade na elaboração de um roteiro de audiodescrição (AD). Como modalidade de tradução audiovisual (TAV), a AD é a descrição de imagens em palavras, cujo propósito é tornar materiais imagéticos acessíveis a pessoas com deficiência visual. Para o estudo, partiu-se do que propõem quatro guias de AD: um brasileiro (Guia para produções audiovisuais acessíveis, 2016), um norte-americano (Standards for Audio Description and Code of Professional Conduct for Describers, 2008), um inglês (Guidance on Standarts for Audio Description, 2000) e um espanhol (Norma UNE 153020, 2005). Todos esses guias orientam que a descrição da imagem seja objetiva, ou seja, que o/a audiodescritor/a não faça interpretações das imagens que descreve e evite termos que expressem valoração subjetiva, em última instância, que ele/a seja objetivo/a. Com base nisso, propôs-se uma discussão acerca da possibilidade da objetividade preconizada pelos manuais, bem como da existência de uma descrição sem interpretação ou que não perpasse pela subjetividade de quem descreve. Além da discussão teórica a respeito do assunto, foram entrevistadas cinco audiodescritoras brasileiras com o intuito de identificar o que as profissionais pensam a respeito das orientações dos manuais, em especial da regra da objetividade, e se acreditam ser possível descrever sem interpretar. O perfil heterogêneo das entrevistadas resultou em respostas que permitiram associar um posicionamento mais incisivo de reconhecimento da impossibilidade da objetividade às profissionais que trabalham com AD há mais tempo ou cuja formação lhes possibilitou refletir acerca da inexistência de neutralidade. Além disso, foi possível concluir que interpretação e descrição são comumente entendidas como opostas, de modo que a interpretação é associada à subjetividade e, portanto, indesejável para a produção de uma AD objetiva
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Abstract: The master's research aimed to propose a reflection on the matter of objectivity in the elaboration of an audio description (AD) script. As an audiovisual translation (TAV) modality, AD is the description of images into words, with the purpose to make imagery materials accessible to people...
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Abstract: The master's research aimed to propose a reflection on the matter of objectivity in the elaboration of an audio description (AD) script. As an audiovisual translation (TAV) modality, AD is the description of images into words, with the purpose to make imagery materials accessible to people with visual impairment. For the study, we started from four AD guides: a Brazilian (Guia para produções audiovisuais acessíveis, 2016), a North-American (Standards for Audio Description and Code of Professional Conduct for Describers, 2008), an English (Guidance on Standarts for Audio Description, 2000) and a Spanish (Norma UNE 153020, 2005). All of these guides advise that the description of the image should be objective, that is, that the audio describer must not interpret the images that s/he describes and must avoid terms that express subjective valuation, ultimately, that s/he must be objective. Based on this, we discussed if it is possible to be objective as recommended by the manuals, as well as whether a description without interpretation or that does not perpetrate the subjectivity of the person who describes is achievable. In addition to the theoretical discussion, five Brazilian audio describers were interviewed in order to identify what the professionals thought about the guidelines in the manuals, especially the rule of objectivity, and whether they believe it is possible to describe without interpreting. The heterogeneous profile of the interviewees resulted in responses that allowed associating a more incisive position of recognizing the impossibility of objectivity to professionals who have worked with AD for a longer time or whose professional training allowed them to reflect on the inexistence of neutrality. In addition, it was possible to conclude that interpretation and description are commonly understood as opposites, so that interpretation is associated with subjectivity and, therefore, is undesirable for the production of an objective AD
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Marcella Wiffler Stefanini
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