Conhecimentos, práticas e desfechos do uso do pessário no tratamento conservador do prolapso de órgão pélvico [recurso eletrônico] = Knowledge, practices and outcome of using vaginal pessary in conservative treatment of pelvic organ prolapse
Suelene Costa de Albuquerque Coêlho
TESE
Multilíngua
T/UNICAMP C65c
[Knowledge, practices and outcome of using vaginal pessary in conservative treatment of pelvic organ prolapse ]
Campinas, SP : [s.n.], 2020.
1 recurso online (150 p.) : il., digital, arquivo PDF.
Orientadores: Cássia Raquel Teatin Juliato, Paulo César Giraldo
Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas
Resumo: Introdução: O prolapso de órgão pélvico (POP) é uma disfunção pélvica feminina definida como o descenso da parede anterior, posterior ou apical, e tem importante impacto na qualidade de vida das mulheres. O pessário é uma alternativa para o tratamento conservador do POP, entretanto muitas...
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Resumo: Introdução: O prolapso de órgão pélvico (POP) é uma disfunção pélvica feminina definida como o descenso da parede anterior, posterior ou apical, e tem importante impacto na qualidade de vida das mulheres. O pessário é uma alternativa para o tratamento conservador do POP, entretanto muitas questões sobre o conhecimento, uso e manejo do dispositivo não encontram- se devidamente estabelecidas entre a comunidade científica. Objetivo: Avaliar a prevalência e os fatores associados à prescrição do pessário vaginal entre os profissionais brasileiros, verificar o efeito do uso do estrogênio vaginal local nas complicações relacionadas ao uso de pessário e avaliar fatores associados ao insucesso no tratamento conservador do prolapso genital. Métodos: O primeiro artigo foi um corte transversal com objetivo de identificar o perfil dos médicos brasileiros que indicam pessários e suas práticas clínicas no uso do dispositivo para o tratamento conservador do POP. Foram incluídos 343 médicos dentro de eventos (congressos) diferentes realizados no Brasil. O segundo foi uma revisão sistemática com objetivo de identificar os fatores associados com o insucesso na inserção do pessário e as razões para descontinuação em mulheres com prolapso. Com os seguintes mesh terms "(Pessary and "Pelvic Organ Prolapse") OR (Pessary AND Cystocele AND Prolapse) OR (Pessary AND Enterocele) OR (Pessary AND "Apical Prolapse") OR (Pessary AND Rectocele)". O terceiro foi um Ensaio Clinico Randomizado, com 98 mulheres com prolapso genital avançado que aceitaram o uso do pessário, 78 mulheres foram incluídas ao final da randomização. O grupo caso (n=38) utilizou estrogênio vaginal e o grupo controle (n=40) apenas o dispositivo. O quarto artigo foi uma coorte prospectiva com objetivo de avaliar os fatores associados à falha em reter pessários em mulheres com POP avançado. A análise estatística realizou a caracterização da amostra total foi realizada utilizando frequências simples e relativas para as variáveis categóricas e medidas descritivas (média e desvio padrão) para as variáveis quantitativas. Para variáveis categóricas, foi aplicado o teste do qui-quadrado ou exato de Fisher e, para variáveis contínuas, foi aplicado o teste T para variáveis com distribuição normal e o teste de Mann-Whitney para variáveis não paramétricas. Um modelo de regressão logística foi criado para avaliar quais variáveis foram independentemente associadas aos desfechos. Análise de per protocol foi realizada para variáveis do ensaio clínico randomizado. Resultados: Encontramos que 52,94% dos ginecologistas deste estudo não prescreve pessários vaginais para o tratamento conservador de POP. Entre os que prescrevem o dispositivo estão os médicos mais jovens, com estudo prévio em Uroginecologia e que recebem maiores volumes de casos de POP. O segundo estudo incluiu 19 artigos e identificou 8 estudos incluindo fatores de risco variados para o insucesso na inserção do pessário, como maior índice de massa corpórea, mulheres mais velhas, cirurgias prévias para prolapso e antecedente de histerectomia, comprimento total vaginal inferior a 6 centímetros, hiato genital largo (acomodem mais de 4 dedos), porém sem consenso na literatura. Quanto às razões para descontinuação foi encontrada em todos os estudos incluídos com uma grande variação de motivos, entre os mais frequentes estão o desejo por cirurgia, dor ou desconforto e falha em reter o pessário dentro da vagina. No terceiro artigo, 30% das mulheres do grupo controle apresentaram vaginose bacteriana e 7.3% no grupo estrogênio, segundo os critérios de Nugent e Amsel respectivamente, (p= 0.007); (p=0.014). A presença de ulcera foi de 10% (4/40) no grupo controle, sem diferença significativa entre os grupos. Houve melhora significativa nos sintomas de urgência, frequência, noctúria e enurese no grupo estrogênio. No quarto artigo 16.1% (15/78) das mulheres apresentaram falha na inserção de pessário no período de 1 semana. Durante uma análise de regressão, verificou-se que os fatores relacionados ao insucesso foram cirurgia prévia, principalmente de parede anterior e prolapso apical. Conclusão: A maioria dos médicos ginecologistas não prescreve o pessário para o tratamento conservador do prolapso genital. Entretanto, a prescrição foi associada a médicos jovens, com experiência em uroginecologia e nível de doutorado. Artigo 2 O uso do estrogênio local em usuárias de pessário apresentou menores taxas de vaginose bacteriana e melhora nos sintomas urinários. Os fatores relacionados à falha na inserção do pessário foram associados à história de cirurgias pélvicas prévias, principalmente em correção de parede anterior
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Abstract: Introduction: Pelvic organ prolapse (POP) is a female pelvic dysfunction defined as descending from the anterior, posterior or apical wall, and has an important impact on women's quality of life. Pessary is an alternative to conservative treatment of POP, but many questions about device...
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Abstract: Introduction: Pelvic organ prolapse (POP) is a female pelvic dysfunction defined as descending from the anterior, posterior or apical wall, and has an important impact on women's quality of life. Pessary is an alternative to conservative treatment of POP, but many questions about device knowledge, use and management are not considered defined by the scientific community. Objective: To evaluate the prevalence and factors associated with vaginal penis prescription among Brazilian professionals, to verify the effect of local vaginal estrogen use on pessary-related complications, and to evaluate factors associated with failure in conservative treatment of the genital. Methods: The first article was a cross-sectional study aiming to identify the profile of Brazilian physicians using pessaries and their clinical practices without using the device for conservative treatment of POP. 343 doctors were included within different events (congresses) held in Brazil. The second was a systematic review aimed at identifying the factors associated with pessary insertion failure and reasons for discontinuation in prolapsed women. With the following mesh terms "(Pessary and" Pelvic Organ Prolapse ") OR (Pessary and Cystocele and Prolapse) OR (Pessary and Enterocele) OR (Pessary and" Apical Prolapse ") OR (Pessary and Rectocele)". The third was a Randomized Clinical Trial, with 98 women with advanced genital prolapse who accept or use pessary. The case group (n = 38) uses vaginal estrogen and the control group (n = 40) only on the device. The fourth article was a prospective cohort aimed at assessing the factors associated with failure to retain pessaries in women with advanced POP. A statistical analysis performed to characterize the total sample was performed using simple frequencies and used for variables and descriptive measures (mean and standard deviation) for quantitative variables. For strategic variables, the chi-square or Fisher's exact test was applied, and for continuous variables, the t-test for variables with normal distribution and the Mann-Whitney test for non-variable variables were applied. Parametric a logistic regression model was created to assess which variables were used for outcomes. Results: We found that 52.94% of gynecologists in this study do not prescribe vaginal pessaries for conservative treatment of POP. Among those who prescribe the device are younger doctors, previously studied in Urogynecology and receiving larger volumes of POP cases. The second study included 19 articles and identified the following varied risk factors for pessary insertion failure, higher body mass index, older women, previous prolapse surgeries and hysterectomy history, total vaginal length less than 6 cm, hiatus genital (accommodate more than 4 fingers), but without consensus in the literature. As for the reasons for discontinuation we found a wide range of reasons, among the most frequent are the desire for surgery, pain or discomfort and failure to retain the pessary within the vagina. In the third article, 30% of the women in the control group had bacterial vaginosis and 7.3% in the estrogen group, according to Nugent and Amsel criteria, respectively (p = 0.007); (p = 0.014). The presence of ulcer was 10% (4/40) in the control group, with no significant difference between groups. There was significant improvement in urgency symptoms, frequency, nocturia and enuresis in the estrogen group. In the fourth article 16.1% (15/78) of the women had failed to insert pessary within 1 week. During a regression analysis, it was found that the factors related to failure were previous surgery, especially anterior wall and apical prolapse. Conclusion: Most gynecologists do not prescribe pessary for conservative treatment of genital prolapse. However, the prescription was associated with young doctors with experience in urogynecology and doctoral level. The use of local estrogen in pessary users had lower rates of bacterial vaginosis and improved urinary symptoms. Factors related to pessary insertion failure were associated with the history of previous pelvic surgery, especially anterior wall correction
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Requisitos do sistema: Software para leitura de arquivo em PDF
Juliato, Cássia Raquel Teatin, 1975-
Orientador
Giraldo, Paulo César, 1956-
Coorientador
Amaral, Rose Luce Gomes do
Avaliador
Pinto, Cristina Laguna Benetti, 1959-
Avaliador
Driusso, Patricia
Avaliador
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Suelene Costa de Albuquerque Coêlho
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