Resumo: O uso integrado de dados geoquímicos e geofísicos em Latossolos Vermelho são pouco aplicados no Brasil, mas estes podem trazer grandes avanços nas descrições pedológicas, tanto para caracterizar verticalmente o perfil de solo quanto para determinar sua extensão lateral, de forma rápida e econômica. Neste contexto, este trabalho buscou comparar dados geoquímicos multielementares, incluindo Hg e os ETRs (elementos terras-raras), com dados geofísicos coletados com GPR (ground-penetrating radar) e SEV (sondagem elétrica vertical), para descrever três perfis de Latossolo Vermelho originados do diabásio da Formação Serra Geral, sobre extremo intemperismo, no município de Campinas-SP (ambiente tropical). Os perfis são profundos (entre 6 e 9 metros) e de textura argilosa/muito argilosa. São compostos predominantemente por caulinita, gibbsita, hematita e goethita, mas também apresentam grãos milimétricos de quartzo e magnetita (com microestrutura de exsolução de ilmenita). O GPR mostrou refletores na faixa de 3-5 metros de profundidade associados ao alto teor de argila (> 50 %). Com a SEV foi possível determinar a profundidade ao topo do perfil de solo ¿ 8 metros ¿ e diferenciar três camadas de solo, além da rocha fresca. As resistividades aparentes indicaram uma possível transição de um solo nítico para um solo latossólico. Elevados valores dos índices de intemperismo (CIA, IOL e WPI) confirmaram o grau extremo de intemperismo deste ambiente, com estágios avançados de ferralitização, especialmente nos horizontes transicionais (BC). A mobilidade dos elementos maiores e menores (TiO2 conservativo) mostraram intensa lixiviação dos metais alcalinos e alcalinos terrosos e enriquecimento residual de Al, Fe e Mn, especialmente nas bases dos perfis. A análise estatística evidenciou as diferenças entre os perfis e mostrou que a mobilidade dos metais traço está condicionada, predominantemente, a presença dos argilominerais e óxidos/hidróxidos de Fe e Al...
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Abstract: The integrated use of geochemical and geophysical methods in Oxisols are little applied in Brazil, but these can bring great advances in pedological descriptions, both to characterize vertically the soil profile and to determine its lateral extension, quickly and cost-effectively. In this context, this study aimed to compare multielemental geochemical data, including Hg and ETRs (rare-earth elements), with geophysical data collected with GPR (ground-penetrating radar) and SEV (vertical electrical sounding), to describe the pedogeochemical evolution of three profiles of Oxisols originated from the diabase of the Serra Geral Formation, on extreme weathering, in Campinas-SP (tropical environment). The profiles are deep (6 ¿ 9 m) and clayey/very clayey texture. They consist predominantly of kaolinite, gibbsite, hematite and goethite, but also present millimeter grains of quartz and magnetite (with ilmenite exsolution microstructure). The GPR showed reflectors in the range of 3-5 meters of depth associated with high clay content (> 50 %). With SEV it was possible to determine the depth to the top of the soil profile ¿ 8 m ¿ and differentiate three layers of soils, besides the diabase. Apparent resistivities indicated a possible transition from a nitic layer to an oxisolic layer. High values of the weathering index (CIA, IOL and WPI) confirmed the extreme degree of weathering of this environment, with advanced stages of ferralisation, especially in the BC horizons. The mobility of major and minor elements (conservative TiO2) showed intense leaching of alkali and alkaline earth metals and residual enrichment of Al, Fe and Mn in the bases of the profiles. The statistical analysis evidenced the differences between the profiles and showed that the mobility of the trace metals along is conditioned, predominantly, the presence of clay minerals, oxides and hydroxides of Fe and Al...
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