Hipoatividade detrusora versus obstrução infravesical [recurso eletrônico] : fatores clínicos e urodinâmicos
Jefferson Kalil
DISSERTAÇÃO
Português
T/UNICAMP K124h
[Detrusor underactivity versus bladder outlet obstruction]
Campinas, SP : [s.n.], 2019.
1 recurso online (36 p.) : il., digital, arquivo PDF.
Orientador: Carlos Arturo Levi D'Ancona
Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas
Resumo: Introdução Hipoatividade Detrusora (HD) é a diminuição da contração do detrusor, traduzida por redução da força e/ou duração da mesma. Porém, essa definição não traz parâmetros bem definidos, o que acaba por dificultar o diagnóstico. Além disso, há outro problema, a diferenciação entre HD e...
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Resumo: Introdução Hipoatividade Detrusora (HD) é a diminuição da contração do detrusor, traduzida por redução da força e/ou duração da mesma. Porém, essa definição não traz parâmetros bem definidos, o que acaba por dificultar o diagnóstico. Além disso, há outro problema, a diferenciação entre HD e Obstrução Infravesical (OIV). Isso é importante, pois o tratamento é diferente entre as duas disfunções. São propostos alguns parâmetros que poderiam fazer essa discriminação. Objetivos O objetivo é avaliar se os sintomas do trato urinário inferior, classificados pelo International Prostate Symptom Score (IPSS), dados de urodinâmica (Watts Factor (WF) e Bladder Contractility Index (BCI)) e resíduo pós-miccional (RPM) permitem diferenciar entre Hipoatividade Detrusora e Obstrução Infravesical. Pacientes e Métodos Consiste em estudo observacional retrospectivo transversal, no período de 2011 a 2018, realizado no Hospital das Clínicas da Unicamp. Foram realizadas duas fases: primeira para estimativa de tamanho amostral e a segunda efetivamente avaliando os parâmetros previstos. Foram incluídos apenas pacientes do sexo masculino, sem limite de idade. Os pacientes foram separados em dois grupos: grupo 1: diagnóstico de HD e sem obstrução infravesical; grupo 2: presença de obstrução infravesical. Foram analisados: idade, comorbidades, sintomas, dados urodinâmicos (WF e BCI) e resíduo pós-miccional. Resultados Foram incluídos 22 pacientes em cada grupo, com mediana de idade de 68 anos (grupo 1) e 67,5 anos (grupo 2) (p=0,8416). Para as comorbidades analisadas: hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus, dislipidemia, infarto agudo do miocárdio, outras e ausência de comorbidades, não houve diferença significativa. Em relação ao IPSS as medianas foram: 16,5 e 20,5, respectivamente (p=0,858). Já para os sintomas, houve predomínio da combinação de sintomas irritativos e obstrutivos nos dois grupos (p=0,1810). No que diz respeito ao RPM, foi utilizado valor de corte de 30 ml, sendo 15 pacientes no grupo 1 e 16 no grupo 2 que apresentaram RPM > 30 ml (p=0,7411). O BCI apresentou valores de mediana de 75 e 755,50, respectivamente (p<0,0001), enquanto que WF teve medianas de 22,42 e 73,85, respectivamente nos grupos 1 e 2 (p<0,0001). Discussão A literatura mostra que HD é mais prevalente em idosos, além do que não está demonstrado em outros estudos haver diferença de comorbidades entre os pacientes com esses diagnósticos. Quando se avalia o IPSS para essa diferenciação, há controvérsia, com estudos que mostram haver diferença, enquanto outros mostram não haver. Relacionado à classe de sintomas, outros estudos também mostram não haver essa diferença. Para o BCI e WF a literatura já coloca alguns pontos de corte, os quais, como mostrado, podem ser úteis para esse diagnóstico diferencial. Por fim, o RPM ainda permanece como parâmetro controverso, não havendo um consenso sobre sua validade. Conclusão Podemos concluir que os sintomas isoladamente, classificados pelo IPSS, não são capazes de diferenciar os pacientes com HD da OIV, mas os dados urodinâmicos sim (WF e BCI), enquanto que o RPM, até o momento, não permite essa diferenciação também
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Abstract: Introduction Detrusor Underactivity (DU) is a decrease in contraction of the bladder detrusor, translated by a reduction in strength and/or duration of the contraction. However, this definition does not have well-defined parameters, which becomes diagnosis difficult. In addition, there is...
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Abstract: Introduction Detrusor Underactivity (DU) is a decrease in contraction of the bladder detrusor, translated by a reduction in strength and/or duration of the contraction. However, this definition does not have well-defined parameters, which becomes diagnosis difficult. In addition, there is another question, how to distinguish between DU and Bladder Outlet Obstruction (BOO). It is important because treatment is different between the two entities. Some parameters are proposed to do this discrimination. Objectives The objective was to evaluate whether symptoms of the lower urinary tract, together with International Prostate Symptom Score (IPSS), urodynamic data (Watts Factor (WF) and Bladder Contractility Index (BCI)) and post-void residuals (PVR) allow distinguish among Detrusor Underactivity and Bladder Outlet Obstruction. Patients and Methods It is a cross-sectional retrospective observational study, between 2011 to 2018, performed at the Hospital das Clínicas of Unicamp. Two phases were performed: first to estimate sample size and the second to effectively evaluate the predicted parameters. Only male patients with no age limit were included. Patients were shared into two groups: group 1: diagnosis of DU and absence of Bladder Outlet Obstruction; group 2: presence of BOO. We analyzed: age, comorbidities, symptoms, IPSS and classes of symptoms (irritative, obstructive, sum of two and urinary incontinence), urodynamic data (WF and BCI) and post-void residuals. Results Twenty-two patients were included in each group, with median age of 68 years (group 1) and 67.5 years (group 2) (p = 0.8416). For comorbidities: systemic arterial hypertension, diabetes mellitus, dyslipidemia, acute myocardial infarction, others and absence of comorbidities, there was no significant difference. Related to IPSS, medians were: 16.5 and 20.5, respectively (p = 0.858). To symptoms, there was predominance of combination of irritative and obstructive symptoms in the two groups (p = 0.1810). Regarding PVR, the cutoff was 30 ml, with 15 patients in group 1 and 16 in group 2 presenting PVR> 30 ml (p = 0.7411). BCI presented medians of 75 and 755.50, respectively (p <0.0001), while WF showed medians of 22.42 and 73.85, respectively in groups 1 and 2 (p <0.0001). Discussion Literature shows DU is more prevalent in elderly, but did not demonstrate difference of comorbidities among the patients with these diagnoses. When evaluating IPSS for this differentiation, there is controversy, with studies showing that there is difference, while others show that there is no difference. Related to class of symptoms, other studies also show that there is no such difference. For BCI and WF the literature already lays down some cutoff points, which, as shown, may be useful for this differential diagnosis. Finally, PVR remains a controversial parameter, with no consensus on its validity. Conclusion It is possible to conclude that symptoms alone, even with the IPSS, are not able to differentiate patients with DU from BOO, but the urodynamic data do it (WF and BCI), whereas the PVR, so far, does not allow this differentiation as well
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