Contribuição da ressonância magnética na avaliação de resultados em cirurgias para prolapso apical avançado [recurso eletrônico] = Contribution of magnetic resonance in the evaluation of outcomes after apical advanced prolapse surgery
Luiz Carlos Santos Júnior
DISSERTAÇÃO
Inglês
T/UNICAMP S59c
[Contribution of magnetic resonance in the evaluation of outcomes after apical advanced prolapse surgery]
Campinas, SP : [s.n.], 2018.
1 recurso online (117 p.) : il., digital, arquivo PDF.
Orientador: Cássia Raquel Teatin Juliato
Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas
Resumo: Introdução: As cirurgias mais realizadas para o prolapso apical de órgãos pélvicos (POP) são a colpopexia sacral abdominal (CSA), e a colpopexia sacroespinhal vaginal (CSV), que possui eficácia inferior, possivelmente pelo desvio do eixo vaginal. A utilização da ressonância magnética de...
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Resumo: Introdução: As cirurgias mais realizadas para o prolapso apical de órgãos pélvicos (POP) são a colpopexia sacral abdominal (CSA), e a colpopexia sacroespinhal vaginal (CSV), que possui eficácia inferior, possivelmente pelo desvio do eixo vaginal. A utilização da ressonância magnética de pelve (RNM) tem crescido como meio de avaliar os POPs, porém seus resultados em comparação com exame físico e sintomatologia ainda são controversos. Objetivos: Comparar o eixo vaginal após: CSV com tela anterior, e CSA, e sua repercussão sobre os resultados anatômicos e de qualidade de vida. Comparar resultados na RNM, com sintomas e resultados do Pelvic Organ Prolapse Quantification system (POP-Q). Calcular o volume estimado do elevador do ânus (eLASV) e obter um valor de corte associado a chance de falha pelo POP-Q. Sujeitos e métodos: foram avaliadas 40 pacientes participantes de um estudo randomizado controlado comparando CSA versus CSV com tela anterior, com prolapso apical avançado, operadas entre 2014-2016. Todas foram submetidas a exame físico, responderam a questionários validados e RNM. A comparação estatística entre variáveis contínuas foi feita através do índice de correlação de Spearman, enquanto as comparações entre as médias das variáveis categóricas foram feitas utilizando-se os testes qui quadrado, exato de Fisher e Mantel-Haenszel. Os valores de eLASV foram comparados utilizando-se o teste exato de Fisher e construção de curva Roc. Resultados:40 mulheres foram incluídas, 20 de cada grupo. A idade média foi de 67,1 (±4,8) anos no grupo vaginal e 67,9 (±4,9) no grupo abdominal (p=0,75), com seguimento médio de 28,5 meses (±7,7) versus 27,4 (±7,93), respectivamente (p=0,67). Ambos os grupos apresentaram alteração das porções média e inferior do eixo vaginal em relação aos controles da literatura: 85,9º(±9,9) (p<0,001) para o grupo vaginal e 87,1º(±14,7) (p<0,001) para o grupo abdominal, sem diferenças entre os grupos (p=0,76), para o eixo médio; e 72,5º(±19,1) no grupo CSV (p<0,001) e 75,7º (±15,5) no grupo CSA (p<0,001), sem diferenças entre grupos (p=0,49), para o eixo inferior. Apenas no eixo inferior, 45% do total das mulheres apresentaram valores alterados na distribuição por percentis, que, contudo, não estiveram associados a diferenças na cura objetiva (p=0,83), subjetiva (p=0,66) ou nos escores de qualidade de vida em nossa amostra (ICIQ-OAB: p=0,75; ICIQ-VS: p=0,67; ICIQ-SF: p=0,67). A avaliação de prolapso pela RNM dinâmica mostrou mais falhas baseando-se em critérios de RNM (47,5%), do que no POP-Q (30%) ou falha subjetiva (15%). Houve correlação entre cura pela RNM e pelo POP-Q (p=0,007), porém não com a cura subjetiva (p=0,6). O corte do eLASV foi de 33,5 mm3, com especificidade de 89,2% (70.6-97.1), sensibilidade de 66,6% (35,4-88,7) e 83,5% de acurácia (66.4-92.1) para diagnóstico de falha cirúrgica. Conclusões: Ambas as cirurgias alteraram o eixo vaginal, porém sem repercussões sobre as medidas de POP-Q, cura subjetiva, ou qualidade de vida. As taxas gerais de cura foram iguais para ambas as técnicas cirúrgicas, tanto em critérios de POP-Q, RNM ou subjetivos. O eLASV maior ou igual a 33,5 mm3 esteve associado a falha cirúrgica
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Background: The main surgeries performed for apical pelvic organ prolapse (POP) are abdominal sacrocolpopexy (ASC) and vaginal sacrospinous colpopexy (VSC), which has inferior efficacy, possibly because of vaginal axis deviation. Magnetic resonance (MRI) has grown as a valuable asset for POP...
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Background: The main surgeries performed for apical pelvic organ prolapse (POP) are abdominal sacrocolpopexy (ASC) and vaginal sacrospinous colpopexy (VSC), which has inferior efficacy, possibly because of vaginal axis deviation. Magnetic resonance (MRI) has grown as a valuable asset for POP evaluation, however, its results compared to POP-Q and symptomatology are controversial. Objectives: to compare vaginal axes after ASC and VSC, and its correlation with anatomical results and quality of life. To compare MRI results with Pelvic Organ Prolapse Quantification system (POP-Q) measures and symptomatology. To calculate estimated levator ani subtended volume (eLASV) and obtain a cutoff point associated with surgical failure. Subjects and methods: 71 patients participants on a randomized controlled trial comparing ASC versus VSC with anterior mesh, with advanced prolapse, operated between 2014-2016, were recruited. All patients were submitted to physical examination, validated questionnaires and MRI. Comparison between continuous variables was made using Spearman¿s correlation index, meanwhile comparison among categorical measures were made using qui-square, Fisher¿s exact test and Mantel-Haenszel. eLASV values were compared using Fisher¿s exact test and a Roc curve was built. Results: 40 women were included, 20 from each group. Mean age was 67,1 (±4,8) years of age in the vaginal group and 67,9 (±4,9) in the abdominal group (p=0,75), with mean follow-up of 28,5 months (±7,7) versus 27,4 (±7,93), respectively (p=0,67). Both groups showed alterations of both the medium and inferior vaginal axes, compared to literature controls: 85,9º(±9,9) (p<0,001) for VSC and 87,1º(±14,7) (p<0,001) for ASC, without differences, regarding medium axes; and 72,5º(±19,1) for VSC (p<0,001) and 75,7º (±15,5) for ASC (p<0,001), without differences (p=0,49), regarding inferior axis. Only in the inferior portion of the vaginal axis, 45% of women in the total sample showed altered values in the percentile distribution, which, however, was not responsible for any differences in objective cure (p=0,83), subjective cure (p=0,66) or quality of life scores (ICIQ-OAB: p=0,75; ICIQ-VS: p=0,67; ICIQ-SF: p=0,67). MRI POP evaluation showed more failures (47,5%) compared to POP-Q failures (30%), and subjective failure (15%) . There was a correlation between MRI cure and POP-Q cure (p=0,007), but not with subjective cure (p=0,6). eLASV cutoff value of 33,5 mm3 , with specificity of 89,2% (70.6-97.1), sensibility of 66,6% (35,4-88,7) and accuracy of 83,5% (66.4-92.1), for surgical failure diagnosis. Conclusions: both surgeries alter vaginal axis, however without repercussions over POP-Q, subjective cure rate or quality of life scores. General cure rates were similar between both surgical techniques, regarding POP-Q, MRI or subjective measures. The eLASV of 33,5 mm3 or more was associated with surgical failure in our sampleAbstract:
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Contribuição da ressonância magnética na avaliação de resultados em cirurgias para prolapso apical avançado [recurso eletrônico] = Contribution of magnetic resonance in the evaluation of outcomes after apical advanced prolapse surgery
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