Floral development and laticifers in species of Cannabaceae Martinov and Ulmaceae Mirb [recurso eletrônico] = Desenvolvimento floral e laticíferos em espécies de Cannabaceae Martinov e Ulmaceae Mirb
Flávia Maria Leme
TESE
Inglês
T/UNICAMP L542f
[Desenvolvimento floral e laticíferos em espécies de Cannabaceae Martinov e Ulmaceae Mirb]
Campinas, SP : [s.n.], 2018.
1 recurso online (173 p.) : il., digital, arquivo PDF.
Orientador: Simone de Pádua Teixeira
Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Biologia
Resumo: Cannabaceae e Ulmaceae juntamente com Moraceae e Urticaceae formam o clado Urticoide, da ordem Rosales. Suas flores são polinizadas pelo vento, reduzidas, monoclamídeas, díclinas, com gineceu pseudomonômero. A presença de laticíferos foi registrada para Moraceae e Urticaceae, constituindo...
Ver mais
Resumo: Cannabaceae e Ulmaceae juntamente com Moraceae e Urticaceae formam o clado Urticoide, da ordem Rosales. Suas flores são polinizadas pelo vento, reduzidas, monoclamídeas, díclinas, com gineceu pseudomonômero. A presença de laticíferos foi registrada para Moraceae e Urticaceae, constituindo sinapomorfia, para estas famílias. Para Ulmaceae, não há registros de laticíferos e, em Cannabaceae, as observações são restritas a Cannabis sativa e Humulus lupulus. Assim, o objetivo deste trabalho foi estudar a morfologia da flor em desenvolvimento em espécies de Cannabaceae e Ulmaceae, a fim de entender os processos envolvidos na redução floral e verificar o sistema reprodutivo (se andromonoico, monoico ou dioico). Além disto, estendemos o estudo aos laticíferos a fim de revisar as sinapomorfias consideradas para o clado urticoide. Nove espécies de Cannabaceae e duas de Ulmaceae foram analisadas: Cannabis sativa, Celtis brasiliensis, C. ehrembergiana, C. iguanaea, C. occidentalis, C. pubescens, C. sinensis, Pteroceltis tatarinowii, Trema micrantha (Cannabaceae), Ampelocera glabra e Zelkova serrata (Ulmaceae). Botões florais e flores foram processados para análises de superfície (microscopia eletrônica de varredura) e histológicas (microscopia de luz), e realizadas reconstruções 3D da vascularização (tomografia computadorizada de alta resolução em raio X). Amostras de gemas vegetativas, gemas florais, caule, folhas e flores de algumas das espécies também foram processadas para análises anatômicas, histoquímicas, ultraestruturais e citoquímicas (atividade da pectinase e celulase) dos laticiferos. As espécies de Celtis (Cannabaceae) e A. glabra (Ulmaceae) são monoicas, e Cannabis sativa e Trema micrantha (Cannabaceae) são dioicas. Todas as espécies possuem dois morfotipos florais, o pistilado e o estaminado. Nas flores pistiladas, os estaminódios não tem pólen ou os grãos de pólen são atípicos. Nas flores estaminadas o pistilódio pode ser inflado e participar de um interessante mecanismo de liberação explosiva do pólen. Os principais processos que levam à redução floral em Cannabaceae e Ulmaceae são: (1) ausência de órgãos ou de verticilos inteiros desde o início do desenvolvimento, resultando em flores apétalas e díclinas, com número baixo de órgãos por verticilo, e (2) aborto do androceu, do gineceu ou de um dos carpelos, resultando em flores díclinas com gineceu pseudomonômero. O carpelo abortado possui vascularização reduzida e não forma óvulo. Em Ulmaceae, as flores de Ampelocera glabra não exibem hipanto e o merisma atípico está associado com o espaço deixado pela ausência de verticilos e órgãos. Os laticíferos são do tipo não articulado e estão presentes em todas as espécies analisadas, uma novidade para Ulmaceae e para Celtis, Pteroceltis e Trema, gêneros de Cannabaceae. Sua ampla distribuição e ocorrência de grãos de amido e terpenos no látex são, pela primeira vez, descritos para essas famílias. Os laticíferos de Cannabis sativa, Celtis pubescens e Trema micrantha são similares em ultraestrutura e, provavelmente, produzem a mesma classe de compostos químicos, e parecem ter uma função importante na proteção dos órgãos florais. As atividades da celulase e pectinase foram identificadas na parede celular dos laticíferos indicando sua importância durante a formação do laticífero. Conclui-se que laticíferos ocorrem amplamente no clado Urticoide e podem ser considerados uma sinapomorfia do clado. Os processos ontogênicos que levam à redução floral em Cannabaceae e em Ulmaceae podem ser interpretados como produtos de pressões seletivas impostas pela anemofilia
Ver menos
Cannabaceae and Ulmaceae together with Moraceae and Urticaceae form the Urticalean rosid clade, comprised in the Rosales order. Their flowers are wind-pollinated, reduced, monochlamydeous, diclinous, with a pseudomonomerous gynoecium. The presence of laticifers was only reported to Moraceae and...
Ver mais
Cannabaceae and Ulmaceae together with Moraceae and Urticaceae form the Urticalean rosid clade, comprised in the Rosales order. Their flowers are wind-pollinated, reduced, monochlamydeous, diclinous, with a pseudomonomerous gynoecium. The presence of laticifers was only reported to Moraceae and Urticaceae, constituting synapomorphies for these families. For Ulmaceae, no laticifers were reported and for Cannabaceae, observations are restricted to Cannabis sativa and Humulus lupulus. Thus, our objective was to study the morphology of developing flower in species of Cannabaceae and Ulmaceae, in order to understand the processes involved in the floral reduction and to check the breeding system (if andromonoecy, monoecy or dioecy). Beyond that, we extended the study to laticifer morphology and distribution in order to review the synapomorphies raised for the Urticalean clade. Nine species of Cannabaceae and two of Ulmaceae were analysed: Cannabis sativa, Celtis brasiliensis, C. ehrembergiana, C. iguanaea, C. occidentalis, C. pubescens, C. sinensis, Pteroceltis tatarinowii, Trema micrantha (Cannabaceae), Ampelocera glabra and Zelkova serrata (Ulmaceae). Floral buds and flowers were processed for surface (scanning electron microscopy) and histological (light microscopy) examinations, and carry out 3D reconstructions of flower vasculature (High Resolution X-Ray Computed Tomography). Samples of shoot apex, floral apex, stems, leaves and flowers were also processed for laticifer anatomy, distribution, histochemistry, ultrastructure and cytochemical locatization of pectinase and cellulase. Celtis species (Cannabaceae) and Ampelocera glabra (Ulmaceae) are monoecious, and Cannabis sativa and Trema micrantha (Cannabaceae) are dioecious. All species have two floral morph types, pistillate and staminate. In pistillate flowers, the staminodes have no pollen or have unviable pollen. In staminate flower, the pistillode can be inflated and participates in an interesting mechanism of explosive release of pollen. The main processes that lead to the floral reduction in Cannabaceae and Ulmaceae are: (1) absence of organs or whorls from inception, resulting in apetalous and diclinous flowers and low number of organs per whorl, and (2) abortion of all stamens, all carpels or at least one carpel, resulting in diclinous flowers with a pseudomonomerous gynoecium. The aborted carpel exhibits reduced vascularization and does not form an ovule. In Ulmaceae, the flowers of Ampelocera glabra have no hypanthium and the atypical merism is associated to the space left by reduction of the whorls and of organs. Laticifers are of the non-articulated type and are found in all analysed species, a novelty for Ulmaceae and for Celtis, Pteroceltis and Trema, genera of Cannabaceae. The wide distribution of laticifers and occurrence of starch and terpenes in the latex are by the first time described for these families. The laticifer of Cannabis sativa, Celtis pubescens and Trema micrantha are similar in ultrastructure and, probably, produces the same chemical classes of compounds, playing an important role in the protection of floral organs in this group of plants. The cellulase and pectinase activities were identified in the cell walls of the laticifers indicating their importance during the formation of the laticifer. Concluding, the laticifers widely occur in the Urticalean clade and can be considered a synapomorphy of the clade. Ontogenic processes leading to floral reduction in Cannabaceae and in Ulmaceae can be interpreted as products of selective pressures imposed by anemophylyAbstract:
Ver menos
Requisitos do sistema: Software para leitura de arquivo em PDF
Teixeira, Simone de Pádua, 1972-
Orientador
Machado, Silvia Rodrigues
Avaliador
Carmello-Guerreiro, Sandra Maria, 1963-
Avaliador
Sartori, Ângela Lúcia Bagnatori
Avaliador
Demarco, Diego
Avaliador
Floral development and laticifers in species of Cannabaceae Martinov and Ulmaceae Mirb [recurso eletrônico] = Desenvolvimento floral e laticíferos em espécies de Cannabaceae Martinov e Ulmaceae Mirb
Flávia Maria Leme
Floral development and laticifers in species of Cannabaceae Martinov and Ulmaceae Mirb [recurso eletrônico] = Desenvolvimento floral e laticíferos em espécies de Cannabaceae Martinov e Ulmaceae Mirb
Flávia Maria Leme