Avaliação da bioenergética mitocondrial e estresse oxidativo em células prostáticas humanas tratadas com ácido docosahexaenóico e melatonina [recurso eletrônico]
DISSERTAÇÃO
Português
T/UNICAMP T15a
[Evaluation of mitochondrial bioenergetics and oxidative stress in human prostate cells treated with docosahexaenoic acid and melatonin]
Campinas, SP : [s.n.], 2017.
1 recurso online (88 p.) : il., digital, arquivo PDF.
Orientadores: Rejane Maira Góes, Fernanda Ramos Gadelha, Marina Guimarães Gobbo
Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Biologia
Resumo: O câncer de próstata está entre as cinco principais causas de morte no mundo e um dos fatores que contribuem para esse alto índice de mortalidade são as limitações no diagnóstico precoce. Neste sentido, tem-se buscado estratégias de redução dos riscos de desenvolver a patologia pela...
Resumo: O câncer de próstata está entre as cinco principais causas de morte no mundo e um dos fatores que contribuem para esse alto índice de mortalidade são as limitações no diagnóstico precoce. Neste sentido, tem-se buscado estratégias de redução dos riscos de desenvolver a patologia pela quimioprevenção. O ácido docosahexaenóico (DHA) e a melatonina (MLT) têm sido investigados como agentes antitumorais e existem fortes evidências do envolvimento das mitocôndrias nesse processo, o que até o momento não foi completamente elucidado. Neste sentido, na tentativa de testar o potencial preventivo, nosso objetivo foi avaliar se o DHA reduz a proliferação e sobrevivência de células PNT1A mediado pelo aumento do estresse oxidativo, como também se a MLT exerce o mesmo efeito modulando a bioenergética mitocondrial. Além disso, testamos também se combinados têm efeito amplificado. Primeiramente, observamos que: (1) O DHA apresentou comportamento hormético, de forma que estimulou a proliferação em menores concentrações, mas diminuiu na maior molaridade testada de 100µM para os tempos 48 e 72h; (2) a MLT exibiu efeito anticlonogênico a partir de 1µM, o que foi amplificado na co-incubação com o lipídio. O efeito antiproliferativo do DHA (100µM) e da MLT (1µM) com 48h de exposição indicaram que: (3) o ômega-3 elevou o estresse oxidativo acompanhado de aumento da área e perímetro mitocondrial, parâmetros reduzidos pela MLT; (4) a indolamina sozinha ou combinada com o lipídio melhorou a fosforilação oxidativa e recuperou a capacidade das células de responderem a situações de estresse, provocado pelo DHA; (5) A MLT estimulou e o DHA reduziu o acúmulo de glicogênio intracelular; (6) isolados ou em combinação, os tratamentos inativaram AKT, sendo que o hormônio individualmente inibiu a via do mTOR e na presença do DHA ativou a via ERK1/2; (7) o hormônio co-incubado com o DHA aumentou a expressão de GSTP1; (8) ambos os compostos não alteraram a expressão de AR, mas a MLT aumentou a captação de testosterona pelas células PNT1A; e (9) os efeitos da indolamina observados não foram dependentes de receptores MTR1 e MTR2. Por outro lado, constatamos que o DHA estimulou da proliferação celular (50µM por 48h) na maior concentração, provavelmente devido à retenção citoplasmática do PPAR?. Em conclusão, esses resultados sugerem cautela na suplementação com DHA, tendo em vista seu papel supressor ou estimulador da proliferação. Além disso, a propriedade quimiopreventiva de ambos, isolados ou em combinação, ficou evidenciada e coloca o estresse oxidativo, em especial as mitocôndrias, como importantes alvos na redução da sobrevivência de células epiteliais prostáticas com alterações pré-malignas
Abstract: Prostate Cancer (PCa) is among the five main causes of death in world scenario and early diagnosis limitations may contribute to this higher mortality index. In this line, strategies have been investigated with focus on prevention and decrease of risks to develop PCa. Docosahexaenoic acid...
Abstract: Prostate Cancer (PCa) is among the five main causes of death in world scenario and early diagnosis limitations may contribute to this higher mortality index. In this line, strategies have been investigated with focus on prevention and decrease of risks to develop PCa. Docosahexaenoic acid (DHA) and melatonin (MLT) have been suggested as antitumor agents and there are strong evidences of mitochondria role in their effects, but is not completely elucidated. In this context, our aim was to evaluate chemoprevention potential of DHA in decrease survivor and proliferation of PNT1A cells mediated by increase of oxidative stress, as well as if MLT exert same effect by modulating mitochondria bioenergetics. Moreover, we tested if combined they exhibited amplified effect. Firstly, we conclude that: (1) DHA exerted hormetic behavior by stimulating at lower concentrations cell proliferation and decreasing at highest molarity 100µM when exposed for 48h and 72h; (2) MLT displayed anticlonogenic effect from 1µM which was amplified when co-incubated with lipid. Antiproliferative effect of DHA (100µM) and MLT (1µM) at 48h indicated that: (3) omega-3 increased oxidative stress followed by area and mitochondrial perimeter, parameters reduced by MLT; (5) indole alone or in combination with fatty acid ameliorated oxidative phosphorylation and recovered cell capacity to respond to stress situation provoked by DHA; (5) MLT increased and DHA reduced intracellular glycogen accumulation; (6) isolated or combined, treatments inactivated AKT, MLT alone suppressed mTOR and when co-incubated activated ERK1/2 pathway; (7) hormone co-incubated with DHA increased GSTP1 expression; (8) treatments did not change AR expression, but MLT stimulated testosterone uptake by PNT1A cells; and (9) indole effects observed in our study were not dependent of MTR1 and MTR2 receptors sensitization. On the other hand, DHA increased cell proliferation (50µM-48h, the highest rate achieved), probably due to citoplasmatic retention of PPAR?. In conclusion, our results suggest wariness with DHA supplementation with regard to lipid role in encourage or inhibit cell proliferation. Besides that, both chemopreventive property, isolated or in combination, was revealed and point to oxidative stress, mainly mitochondria, as relevant targets in decrease of survivor of prostatic epithelial cells with pre-malignant alterations
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