Metaphor peace [recurso eletrônico] : a complex systems approach to metaphors and cognition = A paz das metáforas: uma abordagem baseada em sistemas complexos para metáforas e cognição
TESE
Inglês
T/UNICAMP Si42m
[A paz das metáforas]
Campinas, SP : [s.n.], 2022.
1 recurso online (232 p.) : il., digital, arquivo PDF.
Orientadores: Thiago Oliveira da Motta Sampaio, Gerard Steen
Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Estudos da Linguagem e University of Amsterdam
Resumo: As teorias sobre metáforas fazem afirmações categóricas, considerando que todas as metáforas em todos os contextos são processadas da mesma maneira. Existem também algumas abordagens pluralistas que tentam dividir as metáforas em algumas categorias binárias e afirmam que o primeiro tipo é...
Resumo: As teorias sobre metáforas fazem afirmações categóricas, considerando que todas as metáforas em todos os contextos são processadas da mesma maneira. Existem também algumas abordagens pluralistas que tentam dividir as metáforas em algumas categorias binárias e afirmam que o primeiro tipo é processado de uma maneira, e o segundo tipo processado de outra maneira (por exemplo, convencional vs nova; deliberada vs não deliberada). Essas divisões podem ser de utilidade limitada, mas as metáforas são um fenômeno muito multifacetado. O primeiro problema com a criação de generalizações sobre metáforas é que as metáforas são diferentes entre si em várias dimensões. Além disso, o processamento de metáforas é contextual. Por contexto entendemos as interações dinâmicas entre múltiplos fatores, tais como: informações prévias no texto, características do indivíduo (idade, sexo, ideologia, nível de educação, etc.), características específicas das metáforas (aptidão, familiaridade, sintaxe, densidade semântica), etc. Por meio de um conjunto de experimentos em que pedimos aos participantes que parafraseassem metáforas conceituais, percebemos como diferentes metáforas têm perfis diferentes. Metáforas como "uma teoria é um edifício" e "a vida é uma jornada" têm quase 100% de paráfrases consistentes com as previsões da Teoria da Metáfora Conceitual, enquanto uma metáfora como "meu relacionamento é uma montanha-russa" não tem quase nenhuma. Mas isso não significa que essas metáforas precisam ser sempre parafraseadas assim, pois diferentes tipos de contextos podem mudar o comportamento. Também descobrimos que homens usam menos metáforas conceptuais em suas paráfrases, e que algumas metáforas novas que são derivadas de metáforas conceptuais levam a um aumento de metáforas conceptuais nas paráfrases. Acreditamos que é hora de parar de usar experimentos para declarar apoio ou rejeição de uma teoria e começar a usá-los para entender quais efeitos diferentes contextos têm sobre o comportamento estudado (e.g., processamento de metáforas). Pouco importa o que Lakoff propôs que são metáforas conceituais, mas o que podemos coletivamente dizer que são, com base em evidências experimentais e outros estudos. Então, o que são metáforas conceituais? Para Lakoff, eles são um sistema de mapeamentos entre domínios que são usados automaticamente toda vez que encontramos uma metáfora. Nesta tese, metáforas conceituais são (i) associações semânticas de diferentes tipos que conectam metáforas; (ii) uma restrição probabilística (em vez de determinística) no significado; (iii) mapeamentos entre domínios estabelecidos por uso, não por princípios. Como esses mapeamentos são estabelecidos pelo uso, eles podem ser de vários tipos (em vez do que os linguistas estipulam), algumas metáforas convencionais podem fazer uso deles, enquanto outras não, e as metáforas podem ser processadas por mapeamentos entre domínios em alguns contextos, mas não em outros. A cognição é auto-organizada sem um comando central por fatores interativos que existem em diferentes escalas de tempo, desde o que você está vendo agora, ouviu há uma semana, até a história do desenvolvimento e da evolução. Cada ato de processamento de metáfora, interpretação ou paráfrase é único. É hora de superar as generalizações excessivas que a ciência clássica propôs e reconhecer o mundo sensível ao contexto dos sistemas complexos
Abstract: Theories about metaphors make categorical claims, considering that all metaphors in all contexts are processed the same way. There are also some pluralistic approaches that try to divide metaphors into some binary categories and claim that the first type is processed one way, and the...
Abstract: Theories about metaphors make categorical claims, considering that all metaphors in all contexts are processed the same way. There are also some pluralistic approaches that try to divide metaphors into some binary categories and claim that the first type is processed one way, and the second type processed another way (e.g., conventional vs. novel; deliberate vs. non-deliberate). These divisions can be of limited utility, but metaphors are a much multifaceted phenomenon. The first problem with creating generalizations about metaphors is that metaphors are different among themselves in several dimensions. Moreover, metaphor processing is contextual. By context we mean the dynamic interactions between multiple factors, such as: previous information in the text, characteristics of the individual (age, sex, ideology, level of education, etc.), specific characteristics of metaphors (aptitude, familiarity, syntax, semantic density), etc. Through a set of experiments in which we asked participants to paraphrase conceptual metaphors, we noticed how different metaphors have different profiles. Metaphors like "a theory is a building" and "life is a journey" have almost 100% of paraphrases consistent with the predictions of Conceptual Metaphor Theory, whereas a metaphor like "my relationship is a roller coaster ride" has almost none. But that does not mean that these metaphors need always be paraphrased like this, since different types of contexts can change behavior. We also found that males tend to use fewer conceptual metaphors in their paraphrases and some novel metaphors that are derivative of conventional conceptual metaphors lead to an increase in conceptual metaphors in paraphrases. We believe it is about time we stop using experiments to declare support or rejection of a theory and start to use them to understand what effects different contexts have on the behavior studied (e.g., metaphor processing, paraphrasing). It matters little what Lakoff has proposed conceptual metaphors are, but what we can collectively say they are, based on experimental evidence and other studies. Then what are conceptual metaphors? For Lakoff they are a system of cross-domain mappings that are used automatically every time we encounter a metaphor. In this thesis, conceptual metaphors are (i) semantic associations of different kinds that connect metaphors; (ii) a probabilistic (rather than deterministic) constraint in meaning; (iii) cross-domain mappings established by use, not by principles. Since these mappings are established by use, they can be of multiple kinds (rather than what linguists stipulate), some conventional metaphors may make use of them whereas others may not, and metaphors can be processed by cross-domain mappings in some contexts but not others. Cognition is self-organized without a central command by interacting factors that exist in different timescales, from what you are seeing now, heard a week ago, all the way up to developmental and evolutionary history. Each act of metaphor processing, or interpretation, or paraphrasing is unique. It is time we get over the excess generalizations that classic science has proposed and acknowledge the context-sensitive world of complex systems
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