Orientadores: Ligiana Pires Corona, Marciane Milanski

Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Aplicadas

Resumo: Introdução: A população idosa constitui um dos grupos etários de maior risco à desnutrição e deficiências nutricionais devido ao declínio das funções fisiológicas, somada a uma maior incidência de doenças crônicas e ao uso de medicamentos que levam à alterações no metabolismo e na absorção...

Resumo: Introdução: A população idosa constitui um dos grupos etários de maior risco à desnutrição e deficiências nutricionais devido ao declínio das funções fisiológicas, somada a uma maior incidência de doenças crônicas e ao uso de medicamentos que levam à alterações no metabolismo e na absorção de nutrientes. O zinco está entre os minerais que podem sofrer redução no consumo ou na biodisponibilidade nessa população causando deficiência. Estudos vêm evidenciando que o comprometimento cognitivo pode estar associado a um baixo consumo alimentar de fonte de zinco e também a baixos níveis séricos desse micronutriente. Objetivo: Avaliar a associação da deficiência de zinco sérico com déficit cognitivo em idosos da comunidade. Métodos: Estudo transversal com amostra de 591 idosos usuários da atenção básica dos municípios de Campinas, Limeira e Piracicaba do estado de São Paulo. Para avaliação do estado cognitivo, foi utilizado o Instrumento de Triagem de Habilidades Cognitivas – versão abreviada (Cognitive Abilities Screening Instrument - CASI-S), que tem pontuação máxima de 33 pontos, e considerou-se déficit cognitivo um escore <23 pontos para idosos entre 60 e 69 anos e <20 para aqueles com idade ?70 anos. Para deficiência de zinco sérico considerou-se valores abaixo de 70 ?g/dL para mulheres e 74 ?g/dL para homens. Resultados: A prevalência da deficiência de zinco foi de 3,9% e de déficit cognitivo de 9,4%. Os idosos com deficiência de zinco tiveram prevalência de déficit cognitivo maior em relação aos que tinham concentrações de zinco dentro da faixa esperada (26,1% e 8,8%,respectivamente, p=0.006). Na análise de regressão ajustada por sexo, idade e escolaridade, a deficiência de zinco permaneceu associada ao déficit cognitivo (OR=4,3; p=0.006). Conclusão: a deficiência de zinco foi associada à presença de declínio cognitivo em idosos da comunidade, sendo importante desenvolver ações de promoção em saúde em nível de atenção básica visando prevenir a deficiência deste nutriente

Abstract: Introduction: The elderly population is one of the age groups most at risk for malnutrition and nutritional deficiencies due to the decline in physiological functions, added to a higher incidence of chronic diseases and the use of medications that lead to changes in metabolism and nutrient...

Abstract: Introduction: The elderly population is one of the age groups most at risk for malnutrition and nutritional deficiencies due to the decline in physiological functions, added to a higher incidence of chronic diseases and the use of medications that lead to changes in metabolism and nutrient absorption. Zinc is among the minerals that may suffer a reduction in consumption or bioavailability in this population causing deficiency. Studies have shown that cognitive impairment may be associated with a low dietary intake of zinc source and also with low serum levels of this micronutrient. Objective: To evaluate the association of the prevalence of seric zinc deficiency with cognitive impairment in community elderly. Methods: Cross-sectional study with data from 591 older adults, users of primary care from the municipalities of Campinas, Limeira and Piracicaba in the state of São Paulo, Brazil. For the evaluation of cognitive status, the Cognitive Skills Screening Instrument - abbreviated version (Cognitive Abilities Screening Instrument - CASI-S), which has a maximum score of 33 points, was used, and cognitive deficit was considered a score <23 points for those between 60 and 69 years and <20 for those aged ?70 years. For zinc deficiency, values below 70 ?g/dL were considered for women and 74 ?g/dL for men. Results: The prevalence of zinc deficiency was 3.9%, and cognitive deficit was 9.4%. Older adults with zinc deficiency had a higher prevalence of cognitive deficit in relation to those with normal zinc concentrations (26.1% and 8.8%, respectively, p=0.006). In the regression analysis adjusted for gender, age and schooling, zinc deficiency remained associated with cognitive deficit (OR=4.3; IC=95%; p=0.006). Conclusion: Zinc deficiency was associated with the presence of cognitive decline in community-dwelling older adults, and it is important to develop actions of health promotion at the primary care level to prevent the deficiency of this nutrient

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