2016, o ano mais quente [recurso eletrônico] : percurso e discurso da cobertura jornalística sobre o recorde climático global
DISSERTAÇÃO
Português
T/UNICAMP L881d
[2016, the hottest year]
Campinas, SP : [s.n.], 2019.
1 recurso online (148 p.) : il., digital, arquivo PDF.
Orientador: Marcos Aurélio Barbai
Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Estudos da Linguagem e Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo
Resumo: No dia 18 de janeiro de 2017, informes à imprensa emitidos por centros de monitoramento cli-mático estrangeiros anunciaram que o ano anterior, 2016, havia sido o mais quente já registrado - mais um degrau na escalada das temperaturas globais que perpassou todo o último século, acentuando-se...
Resumo: No dia 18 de janeiro de 2017, informes à imprensa emitidos por centros de monitoramento cli-mático estrangeiros anunciaram que o ano anterior, 2016, havia sido o mais quente já registrado - mais um degrau na escalada das temperaturas globais que perpassou todo o último século, acentuando-se nas últimas quatro décadas. A partir de tais informes, reportagens foram escritas, editadas e postas em circulação no Brasil e no mundo. O discurso jornalístico assentava-se no discurso científico, produzindo narrativas sobre o recorde. O objetivo deste trabalho é identificar os efeitos de sentidos que emergem dessa tessitura, com foco em notícias do jornal Folha de S.Paulo (em sua versão online), do portal G1 e do site especializado Observatório do Clima. Releases, gráficos e fotografias complementam nosso corpus. A perspectiva teórica e analítica que adotamos é a da Análise de Discurso de linha francesa, que trabalha a opacidade do texto e a linguagem segundo seu funcionamento - sujeita, portanto, ao político, ao simbólico, ao ideoló-gico. Para longe da transparência e da evidência, fomos ao domínio da memória buscar, entre percursos de nomeação e a noção de discurso fundador, elementos para pensar a construção do discurso ambiental do/sobre o Brasil. No domínio da atualidade, observamos as condições de produção em que se dão, nos dias de hoje, a formulação e a circulação dos discursos jornalístico e científico, assim como daquele que se dá na confluência de ambos - o discurso de divulgação científica. E lançamos mão de exercícios parafrásticos e metafóricos na investigação de processos discursivos funcionando em nosso corpus. A partir desses gestos de interpretação, chegamos a uma discursividade engendrada em ruídos e silêncios, na qual jogam forças de ordem política e econômica, majoritariamente estrangeiras, em detrimento daquilo que é da ordem do social, do humano, do nacional e do saber tradicional local, com potenciais consequências para o lugar de significação da divulgação científica
Abstract: On January 18, 2017, press releases issued by foreign climate monitoring centers announced the previous year, 2016, as the hottest ever recorded. The newly achieved mark represented another step in a long-term global warming trend, in progress over the last century and intensified through...
Abstract: On January 18, 2017, press releases issued by foreign climate monitoring centers announced the previous year, 2016, as the hottest ever recorded. The newly achieved mark represented another step in a long-term global warming trend, in progress over the last century and intensified through the last four decades. Based on those releases, reports were written, edited and published in Brazil and abroad. That is, journalistic discourse settling on scientific discourse to tissue narratives concerning the record. The aim of this study is to identify meanings of effects that emerge along that process, focusing on news by the newspaper Folha de S.Paulo (online ver-sion), the web portal G1, and the specialized website Observatório do Clima. Press releases, graphs and photos complement our corpus. The French School of Discourse Analysis will provide our theoretical and analytical perspective. It leans over text opacity and language through its functioning - hence subjected to the political, the symbolical, the ideological. Away from trans-parency and evidence, we entered memory domain, between naming and concepts like founding discourse, in search of elements to think about the environmental discourse of/on Brazil. In the present time domain we observed the production conditions in which the formulation and circulation of journalistic and scientific discourses - as well, in the conjunction of both, scientific communication discourse - take place. Furthermore, we resorted to paraphrastic and metaphorical exercises to investigate discursive processes functioning in our corpus. Through those inter-pretation gestures, we found a discursivity engendered in noises and silence, with active foreign political and economic forces, to the detriment of social, human, national and local traditional knowledge approaches, and potential consequences to scientific communication signification site
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